segunda-feira, dezembro 19, 2011

'Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos', diz linguista


Para David Graddol, o ideal é que o docente fale a mesma língua do aluno.
Especialista diz que o ensino do idioma no Brasil tem décadas de atraso
Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo


Ao contrário do senso comum, o melhor professor de idiomas não é o nativo, mas aquele que fala também a mesma língua do aluno. A vantagem desse profissional está na capacidade de interpretar significados no idioma do próprio estudante. Com a hegemonia ameaçada no caso do inglês, professores americanos e britânicos devem reavaliar a maneira como ensinam o idioma.
 
As conclusões fazem parte de duas pesquisas desenvolvidas pelo lingüista britânico David Graddol, 56 anos, a pedido do British Council, órgão do governo do Reino Unido voltado para questões educacionais.

No Brasil para participar de seminários sobre língua estrangeira, ele avalia que o ensino do inglês nas escolas brasileiras está muitas décadas atrasado em relação a outras nações e sugere que o país aproveite os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo para tentar correr atrás do prejuízo.

Durante 25 anos, Graddol foi professor da renomada UK Open University e atualmente é diretor da The English Company e editor da Equinox Publishing. Ele prepara um terceiro estudo, este focado mais na Índia, que será publicado até o final do ano. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao G1.
 
G1 – Qual o perfil ideal de um professor de idiomas?
David Graddol - O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma. Também é preciso ser altamente capacitado e ter um ótimo domínio do idioma, claro.
 
 

Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Minha opinião é que elas estão erradas"
G1 - O sr. considera então que os professores nativos estão perdendo terreno para outros que falam também a língua do aluno?
Graddol - Sim e não. O que acontece é que, usando uma metáfora, o bolo geral está crescendo, porque atualmente há cerca de 2 bilhões de pessoas aprendendo inglês ao redor do mundo. O fato de o Reino Unidos e os EUA estarem perdendo essa fatia de mercado é enganoso, porque a participação deles também está crescendo. No entanto, o bolo está crescendo mais e mais rápido. Em muitos países, há reminiscências românticas acerca do ensino de inglês. Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Elas pagam inclusive a mais por isso. No entanto, minha opinião é que estão erradas. O que deve ser mudada é a maneira como o inglês é ensinado.

G1 - Como assim?
Graddol - O inglês passou a ser encarado como uma necessidade. Muitos países se relacionam e fazem negócios entre si por meio do inglês, sem que nenhum deles tenha o inglês como primeiro idioma. Em muitos lugares, o inglês deixou de ser ensinado como língua estrangeira, como na Cinha e Índia, onde o inglês passou a ser considerado uma habilidade básica. Nesses países, os estudantes começam a aprender o idioma já nos primeiros anos escolares. A ideia é que mais tarde, quando atingirem o ensino médio, passem a ter aulas de outras disciplinas por meio do inglês. Historicamente, falar uma língua estrangeira era sinal de status. Agora, o que acontece é que as pessoas estão genuinamente tentando universalizar o idioma.
G1 - O uso do inglês como “lingua franca” [quando um idioma é utilizado por pessoas que não tenham a mesma língua nativa] pode modificar o seu ensino?
Graddol - Há certas coisas que se tornaram comuns e que parecem uma nova variedade de inglês. E nós acabamos nos habituando a esse novo uso. São coisas simples, como a maneira em que as palavras são soletradas e todas as vogais, faladas. Muitas das vogais, nós, nativos da língua, substituiríamos por um único som. Essas peculiaridades, que não necessariamente devem ser consideradas erros, precisam ser levadas em conta no ensino desse inglês global.

G1- Como avalia o crescimento da demanda pelo ensino de inglês?
Graddol - O que está acontecendo é que, desde a década de 90, houve um aumento gradativo de pessoas aprendendo inglês e atualmente cerca de 2 bilhões de pessoas estudam o idioma. No entanto, nos próximos anos, a expectativa é que haja um declínio nessa demanda.
 
 
Foto: Fernanda Calgaro/G1
David Graddol defende que o Brasil aproveite as Olimpíadas e a Copa para ensinar inglês à população (Foto: Fernanda Calgaro/G1)
G1 - Como se explica essa previsão de declínio?
Graddol - As pessoas que hoje estão no ensino fundamental e aprendendo o idioma chegarão ao ensino médio ou superior já sabendo inglês. Em muitos países da Europa, quando chegam nesse ponto, esses alunos começam a ter aulas de diferentes disciplinas em inglês. Então, deixam de ser estudantes de inglês e passam a ser usuários da língua. Eles não têm mais um professor de inglês, mas um professor de geografia, por exemplo, que dá aulas em inglês. Esse declínio não significa que menos pessoas estejam usando inglês, mas que o inglês, ensinado no ensino fundamental, começa a fazer parte da alfabetização básica.

G1 - Que idiomas podem representar uma ameaça ao inglês? Mandarim é um deles?
Graddol - O mandarim não é uma ameaça. Certamente que tem crescido em popularidade, mas faz parte de um pensamento antigo, quando se achava que uma língua cresceria à custa de outra. No entanto, ambas podem crescer juntas, assim como outros idiomas.
 
 

A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos"
G1 - Qual o impacto da internet no uso do idioma?
Graddel - A internet é outro bolo que tem crescido cada vez mais rápido. E nela são usadas mais línguas do que antes. É um lugar que acolhe línguas menores. Meu nome é galês e, se fizer uma pesquisa no Google sobre mim na internet, aparecerão diversas páginas escritas em galês. Isso é surpreendente porque, de repente, percebemos que há um universo paralelo na internet. E o mesmo acontece com o catalão. E muitas vezes não tomamos conhecimento disso porque uma página num idioma não tem link para páginas em outro idioma. A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos.

G1 - O ensino do inglês é bastante rentável para os países onde a língua é falada.
Graddol - Os ganhos com o aprendizado do inglês não vêm só dos cursos de inglês mas também dos estudantes internacionais que vão para as universidades nesses países para terem aulas em inglês. Então, esse é outro tipo de exportação que pode ser creditada ao inglês.

O Reino Unido passou a disputar alunos de inglês não só com competidores tradicionais, como os EUA, mas também com outros países da Europa

 
G1 - A crise global afetou em algum aspecto o ensino do inglês?
Graddel - A crise global foi positiva para o setor porque provocou a desvalorização da libra esterlina e deixou o Reino Unido mais atrativo. O que aconteceu é que o Reino Unido deixou de disputar esses alunos com competidores tradicionais, como os EUA, a Austrália e, em certa medida, a Nova Zelândia. Agora, estamos perdendo para universidades na Europa, que têm cursos de diversas áreas que são dados em inglês. Um aluno coreano, por exemplo, pode estudar direito na Alemanha e ter aulas em inglês, além de estar bem no centro da União Europeia e quem sabe até aprender um pouco de alemão. Para ele, o ganho acaba sendo maior.
 
G1 - O ensino do inglês deve começar nos primeiros anos escolares? As crianças obtêm resultados mais consistentes?
Graddol - Diversos aspectos devem ser considerados. É possível começar a estudar inglês mais tarde. No entanto, se esse início for com 11 anos de idade, por exemplo, o número de horas dedicadas ao idioma precisa ser mais intenso, com, no mínimo, cinco ou seis horas. E esse ensino tem que ser bastante eficiente, que contemple o desenvolvimento de diversas habilidades da língua.
 
G1- Existe então uma idade ideal para começar a aprender inglês?
Graddol - Não. Na verdade, há vantagens e desvantagens em quase todas as idades. Conheço adultos que, com meia hora de estudo, têm rendimento maior do que uma criança justamente por causa da sua experiência adquirida ao estudar idiomas. Há vários outros aspectos a serem levados em conta. Um é que é muito mais fácil criar, numa sala de aula, um ambiente que motive as crianças a aprenderem. Elas aprendem quase sem perceber. No entanto, o principal argumento talvez seja que, como nem todas as escolas conseguiriam destinar um dia da semana de uma turma de alunos de 11 anos para ensinar inglês, o melhor é começar cedo. Assim, é possível obter um progresso gradativo, que permita ao estudante chegar no ensino médio falando inglês.

No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira

 
G1 - Como avalia a situação do Brasil em relação ao ensino e uso do inglês?
Graddol - No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira. Em muitos outros países, as coisas avançaram muito rapidamente e não é mais visto como uma língua estrangeira. O Brasil parece estar muitas décadas atrás do resto do mundo em termos de inglês. O que está sendo feito aqui não é suficiente para produzir pessoas realmente fluentes em inglês. As escolas estão falhando ao ensinar inglês e isso é uma ótima noticia para o setor privado. As famílias que tiverem condição de bancar os estudos mandarão seus filhos para escolas de idiomas, o que gera a divisão social.
 
G1 - As Olimpíadas e a Copa do Mundo podem ser oportunidades para o Brasil correr atrás desse prejuízo?
Graddol - Certamente. Foi o que a China tentou fazer, usou as Olimpíadas como uma justificativa para implantar programas de melhoria de conhecimento de inglês para a população de Pequim. Foram estabelecidas metas. E é isso que o Brasil deveria fazer, porque, se não se estabelece metas, não se sabe onde quer chegar nem se você chegou lá.

G1 - E deu certo na China?
Graddol - Entre as metas estabelecidas na China, havia algumas em relação a policiais e taxistas, por exemplo. Mas devo dizer que não deram muito certo. Como alternativa, puseram uma maquininha dentro dos táxis que emitia a tarifa da corrida para facilitar a vida do turista. No caso do Brasil, o país deve ao menos tentar garantir que os funcionários de hotéis falem bem o inglês. E as metas precisam ser estabelecidas já, porque as mudanças levam tempo.

do site: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1368465-5604,00-MELHORES+PROFESSORES+DE+INGLES+NAO+SAO+BRITANICOS+NEM+AMERICANOS+DIZ+LINGUI.html

quarta-feira, novembro 30, 2011

novo show do DIVÃ MODERNO





NOVO SHoW do DIVÃ MODERNO e companhia!!!

sexta-feira, novembro 25, 2011

"A Fábula do Porco-espinho"







Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

quarta-feira, novembro 16, 2011

alguns reflexos refrátios



Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
Passaria sôbre meu corpo.

Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos êles conduzem ao
Princípio do drama e da flora.

Não sei se estou sofrendo
ou se alguém que se diverte
por que não? Na noite escassa.

Com um insolúvel flautim
entretanto há muito tempo
Nós gritamos: sim! Ao eterno.
(Carlos Drummond De Andrade)


Não terias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noites eu velei chorando!
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!
(Alvares De Azevedo)

Meu canto de morte,
guerreiros, ouvi:
sou filho das selvas;
nas selvas cresci;
guerreiros, descendo da tribo Tupi.
(Gonçalves Dias)

Chora de manso e no íntimo...procura
curtir sem queixa o mal que te crucia:
o mundo é sem piedade e até riria da tua inconsolável amargura.
(Manuel Bandeira)

Aesop`s Fables

From the book: Aesop`s Fables

About the author – Aesop is thougt to have live from the end of the sixth to the seventh centuries B.C. He was a slave whose skill in telling stories led to his being freed by one of his masters. Aesop`s stories were so loved that he was welcomed to tell them even at the courts of kings.
Although Aesop lived in ancient Greece, his stories may have come from other countries, as well as earlier times. What is certain is that people all over the world have collected and enjoyed these tales for thousand of years.


1.The Tortoise and the Hare
A Hare mocked a tortoise for his amnner. The tortoise promptly challenged her to a race. The Hare quickly agreed.
They began and soon the Hare left the Tortoise way behind, midway through the race she became bored and began to snack on some leafy grass. The noon day sun was glaring in the sky and the Hare grew quite warm. Seeing she was far ahead, she found a shady spot and went to sleep, knowing she could always catch the tortoise. Meanwhile he plugged along in his slow way, passing and then overtaking the sleeping Hare.
The Hare, having overslept, awoke from her nap and realized the Tortoise had passed her by. She took off at full speed, but run as fast as she would, she could not catch up.
The Tortoise reached the finish line first and won.
*Slow and steady wins the race*
2.The Fox and the Grapes
A hungry fox saw some fine bunches of Grapes hanging from a vine that was trained along a high trellis, and did his best to reach them by jumping as high as He could into the air.
But it was all in vain, for they were just out of reach: so he gave up trying and walked away with an air of dignity and unconcern, remarking “I thought those Grapes were ripe, but I see now they are quite sour.”
*Small-Minded people scorn what they can`t have*

terça-feira, setembro 27, 2011

The Goldfinger


“Goldfinger”
One day, an old man met an old friend who had died and become a spirit. After hearing that his friend had no money, the spirit pointed his finger at a brick which was lying in the road. The brick immediately changed into a large piece of gold. He gave this to the old man.
The old man wasn`t very happy with this, so the spirit pointed his finger at a lion that could see in a nearby forest. The lion immediately changed into a piece of gold.
The spirit gave this other piece of gold to the man – but he still wasn`t happy. The spirit was confused.
“I don`t understand,” he said. “I gave you a piece of gold, and you weren`t happy. So i gave you a bigger piece of gold, and you still weren`t happy. If you don`t want gold, then what do you want?”
“your finger, “ replied the old man.

(adapted from a Chinese fable)

sexta-feira, setembro 23, 2011

“O homem de bem”


“O homem de bem”
O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça de amor e de caridade em sua maior pureza. Se interroga a consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si a mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele; enfim, se fez a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele.
Tem fé em Deus, em sua bondade, em sua justiça e em sua sabedoria; sabe que nada ocorre sem sua permissão e se submete, em toda as coiss, à sua vontade.
Tem fé no futuro; por isso, coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.
O homem, possuído de sentiment de caridade e de amro ao próxmo, faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, retribui o mal com o bem, tome a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seu interesse à justiça.
E encontra satisfação nos benefícios que derrama, nos serviços que presta, nos felizes que faz, nas lágrimas que seca, nas consolações que dá aos aflitos. Seu primeiro movimento é de pensar nos outros antes de pensar em si, de procurar o interess do outros antes do seu próprio. O egoísta, ao contrário, calcula os lucros e as perdas de toda ação generosa.
Ele é bom, humano e benevolente para com todos, sem preferências de raças nem de crenças, porque vê irmãos em todos os homens.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema àqueles que não penam como ele.[...]
O homem de bem, enfim, respeita em seus semelhantes todos os direitos dados pelas leis da Natureza, com gostaria que os seus fossem respeitados.
Esta não é a enumeração de todas as qualidades que distinguem o homemde bem, mas todo aquele que se esforce em possuí-las, está no caminho que conduz a todas as outas.

From: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. De Allan Kardec.1978. ed. IDE. Págs,168-169

quinta-feira, agosto 11, 2011

SHOW DE DESPEDIDA DA RATOS E BARATAS !!!


SHOW DE DESPEDIDA DA RATOS E BARATAS
(A banda estará encerrando as atividades deste ano após este último evento)
 


""Aproveitamos o ensejo para agradecer a todos que nos acompanharam nessa caminhada direta ou indiretamente (produtores, ex-integrantes, namoradas, esposas, família, amigos, galera das rodas, galera que cantou nos shows, bandas que dividimos palco ou seja, VOCÊ!!!!)"" - nota dos membros da banda.
 
Segue abaixo próximo evento que a Ratos e Baratas participará com outras grandes bandas (Rebeldes Ocultos/7 dias de massacre/Transmissão Clandestina)
 
Show: TIR AGOSTO PRO ROCK
Data: 21/08/2011
Horário: 14h
Local: Pátio de evento mestre Dié - Ponte dos Carvalhos
Informações de chegada: Sr. Márcio Beer (8608-3546)

quarta-feira, agosto 10, 2011

POESIA NA PANELA III


Poesia na Panela III

“Cozinhando sinestesias...”
 
Vivência Poética Livre
Música Ao Vivo:  Pablu Leony e banda Flor de Lírio
Lançamento da 2ª Edição do Zine Panela de Barro
E a Protagonismo Público...
 
Data: 13/08
Hora: 19h.
Local: Escritório Bar e Restaurante. Av. Dr. José Rufino, nº 2153, Barro. Dentro da Galeria Hilton Center.
 
Colaboradores:
Escritório Bar e Restaurante
A Roda
Conexão Pernambuco
 
Realização: Movimento Adiante (movimentoadiante.blogspot.com)
Mais informações: Anderson Moura – 8731.5187


sexta-feira, agosto 05, 2011

Banda DIVÂ MODERNO - "Accoustic concert"


PRÓXIMO DOMINGO dia 07 de AGOSTO a banda DIVÃ MODERNO fará uma sessão acústica na livraria SARAIVA do Shopping RECIFE às 19 horas. - ... "eis que todos estão convidados a conferir as versões acústicas do repertório do grupo." - Jadiewerton, baterista.

O evento, que será aberto ao público, acontecerá no auditório da dita livraria.
abraço a todos.




Contato para show
divamoderno@gmail.com
OLINDA - PE - Brasil
81382763

http://www.oinovosom.com.br/divamoderno
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=113136623
[red]/
http://www.oinovosom.com.br/divamoderno

(www.denilsonthoughts.blogspot.com)

domingo, junho 12, 2011

oficina - poema!

“O ônibus”

Lá vem ele!
Metal, Óleo, Barulho.
Estress, Marra, Entulho.

Quando não precisamos
Ele passa vazio
Porém, sozinho não vai nem volta.

Dois o operam, em sua jornada,
Um o pilota, o outro quase nada.

Devagar e imponente
Quebra espaços entre os seus.
Rápido e cambaleante
Mastiga ruas até no breu.

Nas suas jornadas durante o dia
Finge vê, mas é guiado pelo piloto
À noite abre os olhos para que seus
Parasitas o vejam.
(Denilson Santos - texto a parti de musica-oficina em 10/06/2011)




“Coração”

Quando nos separamos
Nosso coração ficou com medo
Ele é o culpado de não seguirmos
Nossa nova vida com corações esmigalhados
E corpos semelhantes.

Mesmo assim, nascemos
Longe uma da outra.
Então, herdamos o mesmo
Gosto pela música.
Eu, com a RAZÂO, a olho.
Tu,com a EMOÇÂO, a come e regurgita.

Então, quando nos vimos
(após nos sentimos sob a chuva)
Você foi mais mastigada por ele, que queria
De novo, nos juntar.


By Denilson Santos (texto apartir do filme “A dupla vida de Weronique”)
Estilo: Alternativo / Indie

Influencias:
Oasis, Pink Floyd, Rush, The Beatles, Rolling Stones, Sonic Youth, Bush, Silverchair, The Stone Roses, Nirvana, The Who



O Divã Moderno, baseado nos conceitos de Freud, nós nos tornamos o acesso mostrando atraves de nossas musicas ao homem moderno que o mesmo precisa de uma reflexão contínua e profunda a respeito de seu tempo, sua sociedade, seus valores e suas idéias. Sendo o divã um facilitador para que isso se torne possível. A banda tem integrantes provindos de Olinda e recife, atraves das letras refletimos todo um estado de diversidade e coexistência de culturas, religião, política e arte que se dividem entre o convencionalismo e o pós-moderno, mostrando inovação e contraste da realidade a nossa volta, pois acreditamos no novo e no moderno e que ainda é possível se fazer musica de qualidade e renovação no mercado musical. Desenvolvendo um trabalho autoral e independente na cena pernambucana desde 2009, com passagens no circuito da UFPE, Casa amarela rock festival, nascedouro de peixinhos em olinda, na edição 2010 do promissor festival GBOB etapa recife entre outros locais na cena progressiva do Recife e tocou recentemente no GRITO ROCK ABC em SP. Tendo boa receptividade pelo público, e a banda vem buscando novas oportunidades no cenário local e nacional.

Veja mais
Site oficial:
http://divamoderno.webnode.com.br


Contato para show
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terça-feira, maio 17, 2011

Allen Ginsberg X Walt Whitman

“Influencia de Walt Whitman em Allen Ginsberg”

As obras de Walt Whitman influencio vários outros autores posteriores ( e contemporaneos) à ele que se identificarm com sua crítica social aboradando temas como metafísica e filosofia, taboo sexual e poítica. Seu livro d epoemas “Leaves of Grass” se assemelha, na forma, ao que Allen Ginsberg escrevera em o “Uivo para Carl Solomon” - 'howl for Carl Solomon”.
Ambos escritos em versos livres, sem métrica, mas com qualidades visionárias. Como na literartura há um senso comum de ideias para concretizar - porém,sem demonstrar a totalidade de pensamento de uma inspiração sendo impossível de contrariar essa perspectiva – um pensamento

Allen fez, nada mais nada menos que Whitman fez com seu antecessor William Blake; uma construção de identidade corporal - no poema que fica claro em uma primeira leitura - a partir de um aprendizado anterior. A reiteração de palavras tanto em Whitman como em Allen nessas duas obras abordadas acima é clara:
who poverty and tatters and hollow-eyed and high sat
up smoking in the supernatural darkness of
cold-water flats floating across the tops of cities
contemplating jazz,
who bared their brains to Heaven under the El and
saw Mohammedan angels staggering on tene-
ment roofs illuminated,
who passed through universities with radiant cool eyes
hallucinating Arkansas and Blake-light tragedy
among the scholars of war, (Howl for Carl solomon, Allen Ginsberg)
Nota-se a repetição de “who” nos versos acima e:
It cannot fall the young man who died and was buried, Nor the young woman who died and was put by his side, Nor the little child that pee`d in at the door, and then drew back and was never seen again, Nor the old man who has lived without purpose, and feels it with bitterness worse than gall, Nor him in the poor house tubercled by run and bad disorder,..
(Song of Myself, Walt Whitman, pt 43)
a repetição de “Nor”. Como uma reinteração, por assim dizer, formando um padrão mas continuando como Verso livre.Ainda podemos fazer um paralelo do Whitman
e Ginsberg nos livros de ambos respectivos: Leaves of Grass, de Whitman, onde a
natureza individual era focada e também sua relação com a sociedade, sem
valorizar tanto seu próprios valores e sua poesia. Ele apunhalava, com extrema
honestidade, questões difíceis e inteligentes. Allen Ginsberg não menos fez
semelhante analise escrevendo sobre a complexidade do ser, drogas moral social
e sexo na America.
Alguns poemas do Leaves of Grass de Whitman
e, este especificamente abaixo, “Supermarket in California” de Allen Ginsberg mostra-nos isso:

  Supermarket in California

What thoughts I have of you tonight, Walt Whitman, for
I walked down the sidestreets under the trees with a headache


self-conscious looking at the full moon.
          In my hungry fatigue, and shopping for images, I went
into the neon fruit supermarket, dreaming of your enumerations!
          What peaches and what penumbras!  Whole families
shopping at night!  Aisles full of husbands!  Wives in the
avocados, babies in the tomatoes!--and you, Garcia Lorca, what
were you doing down by the watermelons?
         I saw you, Walt Whitman, childless, lonely old grubber, poking among the meats in the refrigerator and eyeing the grocery boys.
          I heard you asking questions of each: Who killed the pork chops?  What price bananas?  Are you my Angel?
          I wandered in and out of the brilliant stacks of cans following you, and followed in my imagination by the store detective.
          We strode down the open corridors together in our solitary fancy tasting artichokes, possessing every frozen delicacy, and never passing the cashier.
Where are we going, Walt Whitman? The doors close in an hour.  Which way does your
beard point tonight?
(I touch your book and dream of our odyssey in the supermarket and feel absurd.)
          Will we walk all night through solitary streets?
The trees add shade to shade, lights out in the houses, we'll both be lonely.
Will we stroll dreaming of the lost America of love past blue automobiles in driveways, home to our silent cottage?
          Ah, dear father, graybeard, lonely old courage-teacher, what America did you have when Charon quit poling his ferry and you got out on a smoking bank and stood watching the boat
disappear on the black waters of Lethe?

(Berkeley, 1955 , by Allen ginsberg)
By Denilson Santos

By Denilson Santos

domingo, maio 15, 2011

“SUPERMARKET IN CALIFORNIA”

“SUPERMARKET IN CALIFORNIA”
What thoughts I have of you tonight, Walt Whitman, for I walked down the sidestreets under the trees with a headache self-conscious looking at the full moon.
(Que pensamentos que eu tenho de você esta noite, Walt Whitman, por ter caminhado nas calçadas sob as árvores com enxaqueca consciente a mirar a lua cheia. )
In my hungry fatigue, and shopping for images, I went into the neon fruit supermarket, dreaming of your enumerations!
(No meu faminto cansaço, e a comprar imagens, eu fui no supermercado das frutas de néon sonhando com tuas enumerações! )
What peaches and what penumbras! Whole families shopping at night! Aisles full of husbands! Wives in the avocados, babies in the tomatoes!--and you, Garcia Lorca, what were you doing down by the watermelons?
(Que pêssegos e que penumbras! Famílias inteiras comprando à noite! Corredores cheios de maridos! Esposas nos abacates, bebês nos tomates! - e você, Garcia Lorca, o que você estava fazendo perto das melancias? )
I saw you, Walt Whitman, childless, lonely old grubber, poking among the meats in the refrigerator and eyeing the grocery boys.
(Eu vi você, Walt Whitman, sem filhos, velho vagabundo solitário, apalpando as carnes no frigorífico e olhando os garotos da mercearia.)


I heard you asking questions of each: Who killed the pork chops? What price bananas? Are you my Angel?
(Eu ouvi você fazendo perguntas do tipo: Quem fatiou as costeletas de porco? O preço das bananas? Você é meu anjo? )
I wandered in and out of the brilliant stacks of cans following you, and followed in my imagination by the store detective.
(Eu vaguei dentro e fora das brilhantes pilhas de latas seguindo você, e seguido na minha imaginação pela provisão detetivesca.)
We strode down the open corridors together in our solitary fancy tasting artichokes, possessing every frozen delicacy, and never passing the cashier.
(Nós caminhamos juntos pelos corredores abertos em nossas suculentas solitárias alcachofras, extravagante, possuindo todos os congelados deliciosos, e nunca a passar pela caixa registrador.)
Where are we going, Walt Whitman? The doors close in an hour. Which way does your beard point tonight?
(Para onde estamos indo, Walt Whitman? As portas fecham em uma hora. Qual direção que sua barba aponta, hoje à noite?)
(I touch your book and dream of our odyssey in the supermarket and feel absurd.)
(Toco o seu livro e sonho com nossa odisséia no supermercado e me sinto absurdo.)
Will we walk all night through solitary streets? The trees add shade to shade, lights out in the houses, we'll both be lonely.
(Caminharemos toda a noite por ruas solitárias? Sob árvores, somam sombras às sombras, luzes apagadas nas casas, ambos estaremos sós.)
Will we stroll dreaming of the lost America of love past blue automobiles in driveways, home to our silent cottage?
(Passearemos sonhando com a América perdida do amor passando pelos automóveis azuis nas vias expressas, o lar de nossa casa silenciosa? )
Ah, dear father, graybeard, lonely old courage-teacher, what America did you have when Charon quit poling his ferry and you got out on a smoking bank and stood watching the boat disappear on the black waters of Lethe?
(Ah, caro pai, da barba grisalha, velho solitário professor de coragem, o que a América que você tinha quando Caronte saiu engrenou sua balsa e Você saiu de um banco de fumaça e ficou vendo o barco desaparecer nas negras águas do rio Lethe?)
Berkeley, 1955. By Allen Ginsberg (tradução: Denilson Santos)

“I HEAR AMERICA SINGING”

“I HEAR AMERICA SINGING” (Eu ouço a américa a cantar)


I hear America singing, the varied carols I hear,
(Eu ouço a América cantando, as diferentes canções, Eu ouço,
Those of mechanics, each one singing his as it should be
blithe and strong,
(Aquelas de mecânicos, cada um cantando a sua, alegre e forte como deve ser,)
The carpenter singing his as he measures his plank or
beam,
( O carpinteiro a cantar a sua enquanto ele mede a sua prancha ou
viga,)
The mason singing his as he makes ready for work, or
leaves off work,
(O pedreiro cantar a sua enquanto ele está pronto para o trabalho, ou
deixa o trabalho,)
The boatman singing what belongs to him in his boat,
the deck-hand singing on the steamboat deck,
(O barqueiro a cantar o que lhe pertence em seu barco,
a plataforma a cantar no convés do navio a vapor,)
The shoemaker singing as he sits on his bench, the
hatter singing as he stands,
(O sapateiro a cantar enquanto senta em seu banco, o
chapeleiro a cantar enquanto se levanta,)
The wood-cutter's song, the ploughboy's on his way in
the morning, or at noon intermission or at sundown,
(A canção do lenhador, o Ploughboy está em seu caminho de manhã, ou no intervalo do meio-dia ou ao entardecer,)
The delicious singing of the mother, or of the young
wife at work, or of the girl sewing or washing,
(O delicioso cantar da mãe, ou da jovem esposas no trabalho, ou da menina a costurar ou lavar roupa)

Each singing what belongs to him or her and to none
else,
(Cada um canta o que pertence a ele, ou à ela e a nenhum outro)
The day what belongs to the day—at night the party of
young fellows, robust, friendly,
(O dia, o que pertence ao dia, à noite a festa dos
moços robusto, amigáveis companheiros,)
Singing with open mouths their strong melodious songs.
(A cantar com as bocas abertas suas fortes melodiosas canções.)

By Walt Whitman (tradução Denilson Santos)

quinta-feira, maio 05, 2011

JOHN DEWEY

John Dewey (1859-1952) – americano filósofo nasceu em Burlington, na cidade agrícola de Vermont, EUA. Na infância teve uma desinteressante educação escolar, porém compensada no ambiente familiar. Estudou artes e filosofia, lecionou por alguns anos numa escola de ensino básico, escreveu sobre filosofia e educação, além de arte, religião e política.
Fiel à causa democrática, participou de vários movimentos sociais e chegou a ser chamado de comunista após ter feito uma viagem à União Soviética (atual Rússia) em 1928, a acusação, logo provou-se não ser verdadeira.
Dewey, em seu tempo, veio com toda carga de “Terra da liberdade” que a América pregava; passou pelo fim da guerra civil americana, desenvolvimento tecnológico, revolução Russa de 1917, crise financeira de 1929... Como nas idéias de Karl Marx e Engels (criadores do “Manifesto Comunista”,”O Capital”, - 1848) acreditava que no trabalho como forma de de edificação social, dizia: “Não só o trabalho como também a nutrição das habilidades específicas adquiridas pelo estudante pudessem ser integradas na sua vida como cidadão, pessoa, ser humano.”
No Brasil, desde os anos 20/30 séc. XX, o educador Anísio Teixeira, sob forte influência das idéias de Dewey, tentou implantar um sistema semelhante educacional, chamada futuramente, nova escola (sem sucesso). Dewey foi um dos maiores representantes da corrente filosófica Pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo.
Chegou a cria um escola laboratório em uma Universidade usando de técnicas empíricas de lecionar e aprendizagem; Objetivo de suas pesquisas era “educar a criança como um todo”, “Importante é o crescimento físico-emocional-intelectual do estudante, futuro cidadão”.
Frases: “As crianças não estão em num/um dado momento, vivendo e sendo preparadas para a vida e em outro vivendo.”
Idealizar e racionalizar o universo em geral é uma confissão da incapacidade de dominar os cursos das coisas que especificamente nos dizem respeito.”
Influências: - Evolucionismo, das ciências naturais.
- Positivismo, das ciências humanas.
Principais Obras
Além de publicar proliferamente, Dewey também fez parte do corpo editorial de revistas tais como Sociometry (1942) e Journal of Social Psychology (1942), além de ter publicado em outras revistas, tais como New Leader (editor contribuinte, 1949).
As seguintes referências, longe de englobarem todas as publicações de Dewey, são apenas algumas de suas principais e mais conhecidas obras.
• The New Psychology, In: Andover Review, 2, 278-289 (1884) [1]
• Psychology (1887)
• Leibniz's New Essays Concerning the Human Understanding (1888)
• The Ego as Cause, In: Philosophical Review, 3,337-341. (1894) [2]
• Interest and Effort in Education (1913)
o Traduzido para o português por Anísio Teixeira sob o título de “Interesse e Esforço” (In: Os Pensadores, Abril Cultural, 1980).
• The Reflex Arc Concept in Psychology (1896) [3]
• My Pedagogic Creed (1897)
o Traduzido para o português sob o título de “Meu credo pedagógico” (In: D'Ávila, Antônio. Pedagogia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1954).
• The School and Society (1900)
• The Child and the Curriculum (1902) [4]
o Traduzido para o português por Anísio Teixeira sob o título de “A Criança e o Programa Escolar” (In: Os Pensadores, Abril Cultural, 1980).
• The Postulate of Immediate Empiricism (1905) [5]
• Moral Principles in Education (1909) Project Gutenberg
• How We Think (1910) [6]
o Traduzido para o português com o título de “Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo: uma reexposição.” (Companhia Editora Nacional, 1959).
• Democracy and Education: an introduction to the philosophy of education (1916) [7]
o Traduzido para o português sob o título de “Democracia e educação: capítulos essenciais” (Ática, 2007).
o Traduzido para o espanhol sob o título de “Democracia y educacion: una introduccion a la filosofia de la educacion.” (Morata, 1995).
• Reconstruction in Philosophy (1919) [8]
o Traduzido para o português por António Pinto de Carvalho sob o título de “Reconstrução em Filosofia” (Companhia Editora Nacional, 1959).
• Human Nature and Conduct: An Introduction to Social Psychology
o Traduzido para o português sob o título de “A natureza humana e a conduta (introdução à psicologia social)” (Brasil, 1956).
• Experience and Nature (1925) [9]
o Traduzido para o português por Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme sob o título de “Experiência e Natureza” (In: Os Pensadores, Abril Cultural, 1980).
• The Public and its Problems (1927)
o Traduzido para o espanhol sob o título de “La opinión pública y sus problemas” (Morata, 2004)
• The Quest for Certainty (1929)
o Traduzido para o espanhol sob o título de “La busca de la certeza: um estudio de la relación entre el conocimiento y la acción” (Fondo de Cultura Econômica, 1952).
• The Sources of a Science of Education (1929)
o Traduzido para o espanhol sob o título de “La ciencia de la educación” (Losada, 1951).
• Individualism Old and New (1930) [10]
• Philosophy and Civilization (1931)
• Ethics, segunda edição (com James Hayden Tufts) (1932)
• Art as Experience (1934) [11]
o Traduzido para o português por Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme sob o título de “A arte como experiência” (In: Os Pensadores, Abril Cultural, 1980).
• A Common Faith (1934)
• Liberalism and Social Action (1935)
o Traduzido para o espanhol sob o título de “Liberalismo y Acción Social” (In: Liberalismo y Acción Social y otros ensayos. Valência: Alfons El Magnànim, 1996)
• Experience and Education (1938)
o Traduzido para o português por Anísio Teixeira sob o título de “Experiência e Educação” (Companhia Editora Nacional, 1971).
• Logic: The Theory of Inquiry (1938)
o Traduzido para o português por Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme sob o título de “Lógica - a teoria da investigação” (In: Os Pensadores, Abril Cultural, 1980).
• Freedom and Culture (1939)
o Traduzido para o português sob o título de “Liberdade e cultura” (Revista Branca, 1953).
• The Living Thoughts of Thomas Jefferson (1940)
o Traduzido para o português por Lêda Boechat Rodrigues sob o título de “O Pensamento Vivo de Jefferson” (Livraria Martins Editora, 1954).
• Knowing and the Known (1949) (com Arthur Bentley) Cópia completa em pdf disponibilizada pelo American Institute for Economic Research
• Theory of Moral Life (1960)
o Traduzido para o português por Leônidas Contijo de Carvalho sob o título de “Teoria da vida moral” (In: Os Pensadores, Abril Cultural, 1980).

Ver Também
• The Essential Dewey: Volumes 1 and 2. Editado por Larry Hickman e Thomas Alexander (1998). Indiana University Press
• The Philosophy of John Dewey Editado por John J. McDermott (1981). University of Chicago Press
• John Dewey - O pensador que pôs a prática em foco ligação externa
Dewey's Complete Writings está disponível em 3 conjuntos multi-volumes (37 volumes ao todo) publicado pela editora Southern Illinois University Press:
• The Early Works: 1892-1898 (5 volumes)
• The Middle Works: 1899-1924 (15 volumes)
• The Later Works: 1925-1953 (17 volumes)
• Posthumous Works: 1956-2009

Fonte:
almadeeducador.blogspot.com/2007/09/john-dewey.html
revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/john-dewey-428136.shtml
WWW.wikipedia.com.br
Quer saber mais?
Conhecimento, Valor e Educação em John Dewey, Maria Isabel Pitombo, 176 págs., Ed. Pioneira,
tel. (11) 3665-9900 (edição esgotada)
Dewey: Filosofia e Experiência Democrática, Maria Nazaré Amaral, 136 págs., Ed. Perspectiva,
tel. (11) 3885-8388, 25 reais
John Dewey: a Utopia Democrática, Maria Isabel Pitombo, 176 págs., Ed. Pioneira, tel. (11) 3665-9900
(edição esgotada)
John Dewey: uma Filosofia para Educadores em Sala de Aula, Marcus Vinícius da Cunha, 92 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2246-5552, 20 reais

quarta-feira, abril 27, 2011

duas do Mário!!

Mário de sá-carneiro / “fim” /
Quando eu morrer batam em latas,
rompam aos saltos e ao pinotes
façam estalar no ar chicotes,
chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada sew recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Álcool, 21/4/2000 by mário de sá-carneiro
Guilhotinas, pelouros e castelos
Resvalam longemente em procissão;
Volteiam-se crepúsculos amarelos,
Mordido, doentios de roxidão.
Batem asas de auréola aos meus ouvidos,
Grifam-me sons de cor e de perfumes,
Ferem-me os olhos turbilhões de gumes,
Descem-me a alma, sangram-me os sentidos.
Respiro-me no ar que ao longe vem,
Da luz que me ilumina participo;
Quero reunir-me, e todo me dissipo...
Luto, estrebucho... em vão! Silvo pra além...
Corro em volta de mim sem me encontrar...
Tudo oscila e se abate como espuma...
Um disco de oiro surge a voltear...
Fecho os meus olhos com pavor da bruma...
Que droga foi a que me inoculei?
Ópio de inferno em vez de paraíso?...
Que sortilégio a mim próprio lancei?
Como é que em dor genial em me eternizo?
Nem Ópio nem morfina. O que me ardeu,
Foi álcool mais raro e penetrante:
É só de mim que ando delirante...
Manhã tão forte que me anoiteceu.

segunda-feira, abril 25, 2011

banda: DIVÃ MODERNO

Sobre o artista

Estilo: Alternativo / Indie

Influencias:
Oasis, Pink Floyd, Rush, The Beatles, Rolling Stones, Sonic Youth, Bush, Silverchair, The Stone Roses, Nirvana, The Who



O Divã Moderno, baseado nos conceitos de Freud, nós nos tornamos o acesso mostrando atraves de nossas musicas ao homem moderno que o mesmo precisa de uma reflexão contínua e profunda a respeito de seu tempo, sua sociedade, seus valores e suas idéias. Sendo o divã um facilitador para que isso se torne possível. A banda tem integrantes provindos de Olinda e recife, atraves das letras refletimos todo um estado de diversidade e coexistência de culturas, religião, política e arte que se dividem entre o convencionalismo e o pós-moderno, mostrando inovação e contraste da realidade a nossa volta, pois acreditamos no novo e no moderno e que ainda é possível se fazer musica de qualidade e renovação no mercado musical. Desenvolvendo um trabalho autoral e independente na cena pernambucana desde 2009, com passagens no circuito da UFPE, Casa amarela rock festival, nascedouro de peixinhos em olinda, na edição 2010 do promissor festival GBOB etapa recife entre outros locais na cena progressiva do Recife e tocou recentemente no GRITO ROCK ABC em SP. Tendo boa receptividade pelo público, e a banda vem buscando novas oportunidades no cenário local e nacional.



Veja mais
Site oficial:
http://divamoderno.webnode.com.br


Contato para show
divamoderno@gmail.com
OLINDA - PE - Brasil
81382763

domingo, abril 24, 2011

To Diana

“To Diana”
I felt like weeping when I thought of it
She is not a candle in the wind
Our highness, Diana, will flame eternally.

In the whole world there`s nobody like you
Diana, our teacher, we love you.
And it`s comin` the day we`ll be goin` lose you.

There are some advices you still owe us
But you did not avoid the higher purpose
Of watching us growing up

You`ve shown us a better way of learning
We`ve had fun in amusement meetings
You`ve kept us absorbing by your striking skills

No matter how hard she tries to burn her ass out
In order to show us
How growing up is easy when you work hard at all

Even if it rains she offers us her powerful humble wisdom
Even of it seems like we`re in a black tunnel
And Diana`s the only light that shines inside.
And it`s really worthwhile following her sparks.
Diana`s a name with a history of enlightenment.
Diana, the goddess Greek of hunting (myth);
Diana, the contemporary Cinderella (real life princess);
Diana, the cartoon heroine (Amazonian princess)

Our Diana attaches all Dianas above,
She represents the myth of a super-mother, mastering in a real teaching performance. she`s the one who works against people ignorance; spreading, sharing and caring imagination in a true job love story.
How can we explain her job?
When we are the ones who reach for it?

By Denilson

sexta-feira, abril 15, 2011

EFEITO CONVERSOR + PENIEL

dia 23/04 sabado
19:00
EFEITO CONVERSOR + PENIEL
onde: grupo missionarios de jovens na igreja Rompendo em Fé de  Nova Descoberta ( antes da subida do visgueiro)
quanto: 0800
venha e traga 1 KG de alimento
O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu cântico o louvarei.
Salmos 28:7

segunda-feira, abril 11, 2011

O que é educar?

Fundamentos da Educação II
O que os animeis aprendem por “instinto” ou por coletividade genética, transpõe uma tênue membrana de paridade que nos assegura, diferenciando-lhes de nós, o posto de única raça animal pensante da Terra. Porém o animal, que não seja o homem, se submete aos homens, eles sabem como e quando devem ser açoitados por não obedecer a uma ordem do seu dono, possuidor, adestrador. O homem dominou toda a Terra e os animais que são tolerados em suas cidades são chamados domésticos ou estimados. Os outros são exibidos nos centros de parques (zoológicos) para fins de estudos científicos e até uma redenção do próprio homem por culpa de extinguir espécimes que não se acham na natureza mais.
As exibições e estudos desses animais são diretamente ligados ao clamor humano de aprender e teorizar sobre o algo aprendido. Não só o conhecimento de conteúdo mas o estímulo, vontade, amor ao trabalho de aprender são passados de geração para geração independente (na maioria das vezes) de retorno financeiro.
No mais simples ambiente de disseminação do conhecimento (onde se aprende), a escola, que tenta ser um campo neutro, ou de neutralidade metodológica existe uma das atividades profissionais mais importantes em todos os tempos o “educador (a)”. Na escola é visto o reflexo das várias culturas, posicionamentos políticos e religiosos no próprio educando que já chega à escola com boas influencias familiares. Por assim dizer, a escola é também a representação de uma instituição com direitos e deveres, louros e punições, emendas e atritos. Independente da instituição escola contemporânea, sempre houve a vontade de se passar de um menor conhecimento para um maior conhecimento. De menor valor para um maior valor. Como nos estudos de Jean Piaget (1896-1980), filósofo, biólogo suíço, sobre a cognição do indivíduo em desenvolvimento (bebê ->criança->adolescente->adulto...) onde atravessa estágios de aprendizagem, “onde o sujeito age sobre o objeto”. Ou também o de que o sujeito além da teoria citada já nasce, como que geneticamente, apto a aprender, como sugeriu Vygotsky (1896-1934):
“A arte é pensar por imagens”, porém “A imagem priva-se de sentido, sem imagem não há arte. As imagens se repetem em vários lugares e épocas diferentes. A imagem é propriedade de Deus e não do homem”.
Mas então, ao homem foi dada a habilidade (dom) da imaginação? (sabemos falar antes de ler ou escrever). Estamos vivendo o acumulo de tudo dito e pensado, testado e comprovado onde os direitos e deveres do ser humano devem ser aplicados mesmo que para isso seja imposta violência bem assessorada por pseudo-autoridades que ditam as leis, as aplicam a seu bel-prazer e agem antes de questionar. Essas próprias pseudo-autoridades que elegem os seus mestres educadores, multiplicadores de posicionamento...
Não se identifica pelo senso-comum, mas a Lei de que o homem é livre e tem o direito de ir e vir promulgada pelos poderes humanos, uníssono no nosso planeta nada mais é do que um plágio da lei Bíblica sobre o livre-arbítrio. Dada ao a homem com a condição de obediência a um poder maior sobrenatural.
Talvez essa seja a mais concisa forma de considerar um aprendizado, não imposto ou não dogmático, crendo em forças abstratas como o amor, do que se apoiar em ideologias falhas. Bertrand Russel afirmou que a guerra é uma instituição antiga criada há 6 mil anos e essa instituição é a resposta para muita contradição em nosso mundo. Nas palavras de Russel: “...Precisamos persuadir a humanidade para olhar sobre questões universais /internacionais de uma perspectiva nova, não numa disputa de forças, onde quem vence é o lado que tem mais habilidade em massacrar o outro, porém por uma união de princípios de Leis de acordos arbitrários”. ( RUSSEL, Bertrand. From “Science and religion”. 1978, p.63)
Diferenciamos-nos dos animais por querer saber: como e do que são feitas as coisas? Se tomássemos outras atitudes contrárias as que já tomamos o que aconteceria? Por que pequenas decisões que tomamos ou tomaremos influencia ou influenciará pouco ou muito ao nosso próximo e meio em que vivemos? Mas os animais só vivem por viver. Talvez este seja um peso tão grande, “o viver deles”, como é “o nosso viver” para nós. “ Os animais de uma mesma espécie se abraçam para se esquentar no frio quando dormem ao relento; os homens puxam o lençol alheio (grito nosso).

Fonte:
CUNHA, M.V. Psicologia da educação / capitulo III, Piaget. R.J., DP&A. 2000
RUSSEL, Bertrand. From “Science and religion”. IN: Creative reading and Writing. F. MERAT and M. Fabre. Cassel, 1978, p.63

quarta-feira, abril 06, 2011

Nossa antiga banda!!!

BANDA BONNUS que Deus a tenha!!
fica o nosso clipe que marcou nossa geração
detalhe EU atuando no clipe correndo que nem um desgraçado!!
shausahauhas

http://www.youtube.com/watch?v=TvePy33WnAY

sexta-feira, abril 01, 2011

Análise de “A rosa do povo” por Carlos Drummond

Análise de “A rosa do povo” por Carlos Drummond


No “A Rosa do Povo", que foi escrita por Carlos Drummond de Andrade entre os anos de 1943 e 1945, há 55 poemas. No poema "A flor e a náusea", o mundo fora retratado como uma combustão de coisas que se alternavam... Quase um presságio das “Rosas de Hiroshima” cantada por Gilberto Gil, sobre a bomba atômica lançadas no Japão. Sempre transparecia em seus poemas os problemas políticos do mundo. Alguns críticos dizem que poderia ser um dos livros mais críticos à política do autor. Com muito pessimismo característico dele ver com maus olhos o tema social. Sabia da Guerra; Também era pacifista e torcia pela democracia chegar ao nosso território nacional.
O momento do mundo e as confusões egoístas e efêmeras inspiraram alguns trabalhos em busca da perdida beleza, todas essas questões, é claro, intervieram nas criações. E, nos seus poemas, Drummond confessa que a poesia catalisa a beleza. Como em no poema “Carta a Stalingrado” (trecho em 1), havia um inconformismo, uma crueldade quase sufocante no inconsciente coletivo que se espalhava pelo mundo, e uma pergunta que instigava Drummond era para “qual propósito serviria a poesia?”
Nessa obra mudanças e engajamentos políticos são nítidos, quando infere. E o pensar em Poesia, está sempre presente no livro. Mas há outra, muito forte: usemos a palavra poética; é claro que, apesar de tudo, devemos fazer poesia, pensa o poeta. Uma poesia urbana crua, modernista, ou seja, sem métricas ou antiquado. A força da "palavra poética" (apesar da dúvida sobre sua utilidade) é um dos temas mais caros ao poeta. No primeiro (e mais famoso) poema do livro, "Consideração do poema" (2) onde diz que numa interpretação o Pensamento se esvai sem amarras rompendo correntes e barreiras livre de posições política adequadas ou adquiridas. Ao longo da leitura as ideias contrárias se subjazem nos poemas, um pensamento positivista, contraria a um depreciativo e faltoso em esperança. Com tom melancólico e contemplativo Drummond vai levando esta que seria considerava da mais contemporânea (na época) e tortuosa, até! Ele trilha pó
No poema "Procura da poesia" (3), na busca da poesia em seus próprios versos da poesia (metalingüística) comparece todo o tempo neste livro. Mas há também a virtude de se refletir sobre um passado (romântico), quando o mundo era mais organizado e talvez mais feliz. De modo peculiar lança crítica, de uma perspectiva do momento, dúbia ao inconformismo da guerra onde, o lugar comum transpôs com mágoas a visão de mundo.




(1) “Stalingrado...
Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
Outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora
E o hálito selvagem da liberdade dilata seus peitos (...)
A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.

(2) As palavras não nascem amarradas,
Elas saltam, se beijam, se dissolvem,
No céu livre por vezes um desenho,
São puras, largas, autênticas, indevassáveis.

(3) Não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. (...)”


Denilson Santos Silva

quarta-feira, março 30, 2011

“Análise sobre o poema Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles”

“Análise sobre o poema Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles”
Cecília Meireles escreveu na década de 1940 a obra Romanceiro da Inconfidência, a princípio mais para documentar os eventos que se passavam na cidade de Ouro Preto (MG), em plena Semana Santa, do que a poetizar as cenas da Inconfidência mineira. O Romanceiro é formado por um conjunto de romances, poemas curtos de caráter narrativo e também “voz lírica”, para serem lidos em voz alta, cantados e transmitidos por trovadores e que permaneceram na memória coletiva popular. Características dos poetas do passado ibérico. Seus autores, em regra geral, ficaram anônimos. Os romanceiros eram conhecidos na Espanha e em Portugal desde o século XV e tinham várias funções: informação, diversão, estímulo agrícola, doutrinamento político e religioso.
Cecília, com sua destreza transporta, narrando como uma vidente, o atual leitor a duzentos e vinte anos no passado, no palco da Inconfidência Mineira (1789) na Vila Rica (atual Ouro Preto) e com todos os conflitos sociais, revoltas contra a coroa, os altos impostos deflagrados, desafios dos poucos intelectuais contra a opressão e à favor da liberdade, vontade de libertar o Brasil do controle Português... Mas a autora tenta ou, não consegue fugir dos fatos históricos transformando-os em sentimentos, intimistas, líricos em forma de redondilha (verso heptassílabo = sete sílabas poéticas). Para deleite do leitor fã da poetisa.
Nesta obra Cecília surpreende, quebra as expectativas deste fato histórico, já batido e contado de maneira menos inédita e mais jornalística e didática, com uma visão poética, linguagem de aclamação ibérica misturando-se com popular modernista. Questionadora, evocativa e dualista como nos versos na ordem:
Coisas da maçonaria, do paganismo ou da Igreja? / A Santíssima Trindade, um gênio a quebrar algemas? Atrás de portas fechadas à luz de velas acesas / entre sigilo e espionagem acontece a Inconfidência / e diz o Vigário ao poeta "escreva-me aquela letra do versinho de Virgílio"

e dá-lhe o papel e a pena. E diz o poeta ao Vigário, / com dramática prudência:
"Tenha meus dedos cortados antes que tal verso escrevam" Liberdade, ainda que tarde, ouve-se em redor da mesa. (questionadora – v.57 )

Ó meio-dia confuso, ó vinte-e-um de abril sinistro, que intrigas de ouro e de sonho
houve em tua formação?
Quem condena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
Cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados ...
( Evocativa – v.17)


De esquecimento e cegueira / Em que amores e ódios vão: ( amores x ódios - v.4);
 
Na mesma cova do tempo Cai o castigo e o perdão. Morre a tinta das sentenças...

(castigo x perdão (v.24)
Sem cair na linha jornalística porém, o misticismo cultuado pelos habitantes da cidade simbolismo e espiritualismo é / dá uma atmosfera marcante e um ar de mistério, na crença sobrenatural das razões dos acontecimentos! Uma ambientação atípica do idealizado pelos livros de história didáticos.

quarta-feira, março 16, 2011

“Análise do poema “Tabacaria” de Fernando Pessoa”

“Análise do poema “Tabacaria” de Fernando Pessoa”Após oitenta e três anos passados, desde o poema “Tabacaria” ser lançado, o tema Metafísico se manifesta atualmente mais até, do que abordado pelo poeta Fernando Pessoa na época, que numa breve inspiração do pessimismo relata a insatisfação e imperfeição de ser e estar vivo numa ótica efêmera, desiludida, egocêntrica e solitária.
No poema, o objeto a tabacaria é a coisa real, atemporal e tangível em relação ao seu quarto que, da varanda do outro lado da rua, observa-a buscando um diálogo em forma de monólogo para explicar a sua insatisfação (voz lírica) com a realidade da sua exausta, deprimida e solitária vida. Ele usa de metáfora para explicar o “nada” que, momentaneamente, sua vida se tornara. Ao longo do poema ele segue com uma auto negação de sua existência, cita contrários sem se enquadrar em nenhum, como: o real e o ideal, individual e coletivo. No poema, O mundo fora do seu quarto o sufoca com suas regras e repetições maçantes que, fumando convulsivamente um cigarro,ele contempla através da janela argumentando uma crítica da falta de significação que sua vida se tornara, como na passagem:
“Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser Eu.
Olho cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem crescesses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
e que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.”
A Diante então, chega à conclusão que os transeuntes e as pessoas que freqüentam a tabacaria que se satisfazem com as catarses da vida e conquistas que ele nega serem de aspirações absolutas; estas mesmas mascaradas felicidades que nos outros já o prendia a muito e, agora tenta tirar delas os verdadeiros poemas no silencio do seu quarto, são inocentes peças de um tabuleiro incapazes de irem além dos próprios livres-arbítrios. Como se em um clarão lhe desse a certeza que fora abençoado com a verdade total de todos os mistérios, lhe tomasse a mente e o fizesse gritar sem ser ouvido do alto da janela para todos na rua dizendo que "eles sonham ainda e devem acordar!" A crítica explicita às religiões, comparando-as com “confeitarias”, mostra uma ideia agnóstica do poeta na época. A menina suja comendo chocolate age como a consciência inocente dos fatos que representam uma ideia, um signo de discernimento momentâneo na primavera da vida, sem total conhecimento do mundo que ainda se abre; sendo a primeira impressão como viciante verdade, ou deliciosa apaziguadora de questionamentos, suprindo necessidades imediatas e instintos básicos.
A falta de respostas sobre o “tudo” somado à ideia egoísta do poeta de não compartilhar o pensamento sobre as coisas adquiridas até o momento, porém ainda guardá-la para si por medo também de ser rejeitado ou mal-interpretado nos trás este poema sublime e seco. O olhar do poeta sobre a depressão de seus dias ou a máxima de pensamento: “Se diante das respostas absolutas, você compartilharia o/esse mistério com seu próximo ou, absorveria tal êxtase não importando se negativo ou positivo?”- é inegável nessa obra.
O questionamento de vários tipos de musa inspiradoras ao longo do tempo e culturas distintas, as lamúrias sobre as conquistas pessoais na sociedade, cidade grande, onde o ritmo frenético das modas e modos lhe era insípidos, na tentativa de adequação aos padrões que lhe corroeu a mente, ou mesmo mencionando as bucólicas fugas ao campo, de donzelas e romances marcados, lhe era tortura na alma como uma mentira. Comparo com o que Renato Russo diz na música “Quase sem querer”:
“Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Ou o próprio Fernando na parte:
“fiz de mim o que não soube/ e o que podia fazer de mim não o fiz.../"

Porém, além das reais constatações de significado mínimo do ser em relação a sua importância no universo e a circular forma de recomeços e fins - Oximoros - que o tudo está fadado a continuar se reinventando. Admite que, como todos os seres, está preso nesse sistema que é regido por algo invisível com um poder suficiente de equilibrar o universo concreto - e o nada:

“... Sempre uma coisa da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.”
Na parte do poema que um homem adentra a tabacaria, Pessoa deixa os questionamentos e volta a si, fazendo parte novamente da realidade que tanto criticava e tentava fugir onde, teria certeza que no ponto que chegou, foi nada mais que nulo seu destino. Onde os pensamentos são mais vagos do que em seu poema e a ações concretas o bastante para prendê-lo novamente.
Denilson Santos Silva

segunda-feira, março 14, 2011

Penso, logo existo!

Penso, logo existo! (Um educador se educando)

A partir do momento que somos estimulados a reagir com o que nos cerca, somos forçados a aprender como a percepção de onde estamos é necessária para nossa sobrevivência. No período de gestação, nascimento e até o fim da vida do indivíduo a faculdade de percepção serve como ponte para o aprender.
Minhas mais antigas memórias me levam ao tempo em que minha avó (mãe solteira com três filhos) minha mãe (também mãe solteira mas, ostentando quatro filhos dos sete que pariu) e meu tio, morávamos numa humilde casa alugada de dois quartos, banheiro artesanal, fogão à lenha, camas de segunda mão (às vezes doadas até) com colchões de capim seco e nosso luxo era um liquidificador e uma televisor preto e branco que, na época da década de oitenta, eram itens de luxo nos lares C,D e z...
Minha mãe trabalhava como merendeira (cozinheira de uma escola pública) e nos finais de semana lavvaa e passava roupas à ferro de brasa por encomenda. Meu tio, então adolescente, fazia bicos e era ajudante nos sítios da vizinhança. Porém minha avó sempre estimulava seus netos a nunca faltarem aula na escola, pois por pura necessidade, desistira de forçar os três filhos (minha mãe meu tio e minha tia. Está última aos nove anos de idade partira para morar com seus tios no rio de Janeiro)a continuarem estudando.
Além de aprender com meus familiares, na escola, o conceito de questionamento e de mundo crescia continuamente, em mim. Além do sentimento de crescer, arrumar trabalho e ajudar ainda mais minha família crescia também a curiosidade/vontade de trabalhar, ser um profissional de “status” como um astronauta, cientista, herói de guerra... que todo pré/adolescente nutria misturando a realidade com jogos infantis.
Mas o que mais me fascinava nas ações extraordinárias do homem (na Medicina, tecnologias, fundamentos e ações teóricas) era que todos estes profissionais tiveram, ou têm, um Mestre, um lecionador um guia. Não era um herói que se destacava dos outros seres por ser um extraterrestre. Era sim, um ser humano,quase anônimo, que tinha o poder chamado PENSAMENTO. E, com este poder, era capaz de concretizar o abstrato. Transpor coisas imagináveis à nossa realidade e romantizar coisas materiais, até mesmo banais...
Pessoalmente, fiquei entre o curso de Letras e Educação Física (optando, afinal, por Letras) após um intervalo de estudos de uma década entre 2001 e 2010, pois por pura necessidade, optei antes a continuar trabalhando para suster com meus irmão, agora, nossas família.
Nesse ínterim , trabalhava dando reforço escolar e aulas e traduções da língua inglesa e numa ONG (na minha favela) ajudada pela UNESCO, dando aulas de reforço a jovens carentes. Ainda também como voluntário técnico, ensinando basquetebol e jogando num time amador da minha cidade.
É inerente ao ser humano a “evolução” e o “evoluir”. E somente se evolui, com seu amado trabalho num mundo democrático/capitalista, após reconhecimento de unidades federais e políticas desconhecidas do povão. Por isso, sucumbi ao sistema, sai da autonomia trabalhista, concorri a uma vaga numa Universidade e,lógico, passei um ano inteiro estudando num curso pré-vestibular noturno, estudando e reciclando minha mente aos moldes do sistema mecânico de exames vestibulares carnavalescos que nosso ministério prover.
A paixão por ser um Educador e aprender a sempre melhorar irá perdurar em mim até o fim de meus dias. Só não sei o que ocorrerá até lá. Mas prefiro evoluir sem competir. A competição desvirtua nossa primordial paixão.
Num mundo competitivo, cheio de regras, ou nos adequamos às regras ou lutamos, solitários, ignorando-as... mas todos querem evoluir. Querem seu lugar ao sol. Todos querem sobreviver.
Denilson Santos silva