Fundamentos da Educação II
O que os animeis aprendem por “instinto” ou por coletividade genética, transpõe uma tênue membrana de paridade que nos assegura, diferenciando-lhes de nós, o posto de única raça animal pensante da Terra. Porém o animal, que não seja o homem, se submete aos homens, eles sabem como e quando devem ser açoitados por não obedecer a uma ordem do seu dono, possuidor, adestrador. O homem dominou toda a Terra e os animais que são tolerados em suas cidades são chamados domésticos ou estimados. Os outros são exibidos nos centros de parques (zoológicos) para fins de estudos científicos e até uma redenção do próprio homem por culpa de extinguir espécimes que não se acham na natureza mais.
As exibições e estudos desses animais são diretamente ligados ao clamor humano de aprender e teorizar sobre o algo aprendido. Não só o conhecimento de conteúdo mas o estímulo, vontade, amor ao trabalho de aprender são passados de geração para geração independente (na maioria das vezes) de retorno financeiro.
No mais simples ambiente de disseminação do conhecimento (onde se aprende), a escola, que tenta ser um campo neutro, ou de neutralidade metodológica existe uma das atividades profissionais mais importantes em todos os tempos o “educador (a)”. Na escola é visto o reflexo das várias culturas, posicionamentos políticos e religiosos no próprio educando que já chega à escola com boas influencias familiares. Por assim dizer, a escola é também a representação de uma instituição com direitos e deveres, louros e punições, emendas e atritos. Independente da instituição escola contemporânea, sempre houve a vontade de se passar de um menor conhecimento para um maior conhecimento. De menor valor para um maior valor. Como nos estudos de Jean Piaget (1896-1980), filósofo, biólogo suíço, sobre a cognição do indivíduo em desenvolvimento (bebê ->criança->adolescente->adulto...) onde atravessa estágios de aprendizagem, “onde o sujeito age sobre o objeto”. Ou também o de que o sujeito além da teoria citada já nasce, como que geneticamente, apto a aprender, como sugeriu Vygotsky (1896-1934):
“A arte é pensar por imagens”, porém “A imagem priva-se de sentido, sem imagem não há arte. As imagens se repetem em vários lugares e épocas diferentes. A imagem é propriedade de Deus e não do homem”.
Mas então, ao homem foi dada a habilidade (dom) da imaginação? (sabemos falar antes de ler ou escrever). Estamos vivendo o acumulo de tudo dito e pensado, testado e comprovado onde os direitos e deveres do ser humano devem ser aplicados mesmo que para isso seja imposta violência bem assessorada por pseudo-autoridades que ditam as leis, as aplicam a seu bel-prazer e agem antes de questionar. Essas próprias pseudo-autoridades que elegem os seus mestres educadores, multiplicadores de posicionamento...
Não se identifica pelo senso-comum, mas a Lei de que o homem é livre e tem o direito de ir e vir promulgada pelos poderes humanos, uníssono no nosso planeta nada mais é do que um plágio da lei Bíblica sobre o livre-arbítrio. Dada ao a homem com a condição de obediência a um poder maior sobrenatural.
Talvez essa seja a mais concisa forma de considerar um aprendizado, não imposto ou não dogmático, crendo em forças abstratas como o amor, do que se apoiar em ideologias falhas. Bertrand Russel afirmou que a guerra é uma instituição antiga criada há 6 mil anos e essa instituição é a resposta para muita contradição em nosso mundo. Nas palavras de Russel: “...Precisamos persuadir a humanidade para olhar sobre questões universais /internacionais de uma perspectiva nova, não numa disputa de forças, onde quem vence é o lado que tem mais habilidade em massacrar o outro, porém por uma união de princípios de Leis de acordos arbitrários”. ( RUSSEL, Bertrand. From “Science and religion”. 1978, p.63)
Diferenciamos-nos dos animais por querer saber: como e do que são feitas as coisas? Se tomássemos outras atitudes contrárias as que já tomamos o que aconteceria? Por que pequenas decisões que tomamos ou tomaremos influencia ou influenciará pouco ou muito ao nosso próximo e meio em que vivemos? Mas os animais só vivem por viver. Talvez este seja um peso tão grande, “o viver deles”, como é “o nosso viver” para nós. “ Os animais de uma mesma espécie se abraçam para se esquentar no frio quando dormem ao relento; os homens puxam o lençol alheio (grito nosso).
Fonte:
CUNHA, M.V. Psicologia da educação / capitulo III, Piaget. R.J., DP&A. 2000
RUSSEL, Bertrand. From “Science and religion”. IN: Creative reading and Writing. F. MERAT and M. Fabre. Cassel, 1978, p.63
segunda-feira, abril 11, 2011
quarta-feira, abril 06, 2011
Nossa antiga banda!!!
BANDA BONNUS que Deus a tenha!!
fica o nosso clipe que marcou nossa geração
detalhe EU atuando no clipe correndo que nem um desgraçado!!
shausahauhas
http://www.youtube.com/watch?v=TvePy33WnAY
fica o nosso clipe que marcou nossa geração
detalhe EU atuando no clipe correndo que nem um desgraçado!!
shausahauhas
http://www.youtube.com/watch?v=TvePy33WnAY
sexta-feira, abril 01, 2011
Análise de “A rosa do povo” por Carlos Drummond
Análise de “A rosa do povo” por Carlos Drummond
No “A Rosa do Povo", que foi escrita por Carlos Drummond de Andrade entre os anos de 1943 e 1945, há 55 poemas. No poema "A flor e a náusea", o mundo fora retratado como uma combustão de coisas que se alternavam... Quase um presságio das “Rosas de Hiroshima” cantada por Gilberto Gil, sobre a bomba atômica lançadas no Japão. Sempre transparecia em seus poemas os problemas políticos do mundo. Alguns críticos dizem que poderia ser um dos livros mais críticos à política do autor. Com muito pessimismo característico dele ver com maus olhos o tema social. Sabia da Guerra; Também era pacifista e torcia pela democracia chegar ao nosso território nacional.
O momento do mundo e as confusões egoístas e efêmeras inspiraram alguns trabalhos em busca da perdida beleza, todas essas questões, é claro, intervieram nas criações. E, nos seus poemas, Drummond confessa que a poesia catalisa a beleza. Como em no poema “Carta a Stalingrado” (trecho em 1), havia um inconformismo, uma crueldade quase sufocante no inconsciente coletivo que se espalhava pelo mundo, e uma pergunta que instigava Drummond era para “qual propósito serviria a poesia?”
Nessa obra mudanças e engajamentos políticos são nítidos, quando infere. E o pensar em Poesia, está sempre presente no livro. Mas há outra, muito forte: usemos a palavra poética; é claro que, apesar de tudo, devemos fazer poesia, pensa o poeta. Uma poesia urbana crua, modernista, ou seja, sem métricas ou antiquado. A força da "palavra poética" (apesar da dúvida sobre sua utilidade) é um dos temas mais caros ao poeta. No primeiro (e mais famoso) poema do livro, "Consideração do poema" (2) onde diz que numa interpretação o Pensamento se esvai sem amarras rompendo correntes e barreiras livre de posições política adequadas ou adquiridas. Ao longo da leitura as ideias contrárias se subjazem nos poemas, um pensamento positivista, contraria a um depreciativo e faltoso em esperança. Com tom melancólico e contemplativo Drummond vai levando esta que seria considerava da mais contemporânea (na época) e tortuosa, até! Ele trilha pó
No poema "Procura da poesia" (3), na busca da poesia em seus próprios versos da poesia (metalingüística) comparece todo o tempo neste livro. Mas há também a virtude de se refletir sobre um passado (romântico), quando o mundo era mais organizado e talvez mais feliz. De modo peculiar lança crítica, de uma perspectiva do momento, dúbia ao inconformismo da guerra onde, o lugar comum transpôs com mágoas a visão de mundo.
(1) “Stalingrado...
Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
Outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora
E o hálito selvagem da liberdade dilata seus peitos (...)
A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.
(2) As palavras não nascem amarradas,
Elas saltam, se beijam, se dissolvem,
No céu livre por vezes um desenho,
São puras, largas, autênticas, indevassáveis.
(3) Não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. (...)”
Denilson Santos Silva
No “A Rosa do Povo", que foi escrita por Carlos Drummond de Andrade entre os anos de 1943 e 1945, há 55 poemas. No poema "A flor e a náusea", o mundo fora retratado como uma combustão de coisas que se alternavam... Quase um presságio das “Rosas de Hiroshima” cantada por Gilberto Gil, sobre a bomba atômica lançadas no Japão. Sempre transparecia em seus poemas os problemas políticos do mundo. Alguns críticos dizem que poderia ser um dos livros mais críticos à política do autor. Com muito pessimismo característico dele ver com maus olhos o tema social. Sabia da Guerra; Também era pacifista e torcia pela democracia chegar ao nosso território nacional.
O momento do mundo e as confusões egoístas e efêmeras inspiraram alguns trabalhos em busca da perdida beleza, todas essas questões, é claro, intervieram nas criações. E, nos seus poemas, Drummond confessa que a poesia catalisa a beleza. Como em no poema “Carta a Stalingrado” (trecho em 1), havia um inconformismo, uma crueldade quase sufocante no inconsciente coletivo que se espalhava pelo mundo, e uma pergunta que instigava Drummond era para “qual propósito serviria a poesia?”
Nessa obra mudanças e engajamentos políticos são nítidos, quando infere. E o pensar em Poesia, está sempre presente no livro. Mas há outra, muito forte: usemos a palavra poética; é claro que, apesar de tudo, devemos fazer poesia, pensa o poeta. Uma poesia urbana crua, modernista, ou seja, sem métricas ou antiquado. A força da "palavra poética" (apesar da dúvida sobre sua utilidade) é um dos temas mais caros ao poeta. No primeiro (e mais famoso) poema do livro, "Consideração do poema" (2) onde diz que numa interpretação o Pensamento se esvai sem amarras rompendo correntes e barreiras livre de posições política adequadas ou adquiridas. Ao longo da leitura as ideias contrárias se subjazem nos poemas, um pensamento positivista, contraria a um depreciativo e faltoso em esperança. Com tom melancólico e contemplativo Drummond vai levando esta que seria considerava da mais contemporânea (na época) e tortuosa, até! Ele trilha pó
No poema "Procura da poesia" (3), na busca da poesia em seus próprios versos da poesia (metalingüística) comparece todo o tempo neste livro. Mas há também a virtude de se refletir sobre um passado (romântico), quando o mundo era mais organizado e talvez mais feliz. De modo peculiar lança crítica, de uma perspectiva do momento, dúbia ao inconformismo da guerra onde, o lugar comum transpôs com mágoas a visão de mundo.
(1) “Stalingrado...
Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
Outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora
E o hálito selvagem da liberdade dilata seus peitos (...)
A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.
(2) As palavras não nascem amarradas,
Elas saltam, se beijam, se dissolvem,
No céu livre por vezes um desenho,
São puras, largas, autênticas, indevassáveis.
(3) Não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. (...)”
Denilson Santos Silva
quarta-feira, março 30, 2011
“Análise sobre o poema Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles”
“Análise sobre o poema Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles”
Cecília Meireles escreveu na década de 1940 a obra Romanceiro da Inconfidência, a princípio mais para documentar os eventos que se passavam na cidade de Ouro Preto (MG), em plena Semana Santa, do que a poetizar as cenas da Inconfidência mineira. O Romanceiro é formado por um conjunto de romances, poemas curtos de caráter narrativo e também “voz lírica”, para serem lidos em voz alta, cantados e transmitidos por trovadores e que permaneceram na memória coletiva popular. Características dos poetas do passado ibérico. Seus autores, em regra geral, ficaram anônimos. Os romanceiros eram conhecidos na Espanha e em Portugal desde o século XV e tinham várias funções: informação, diversão, estímulo agrícola, doutrinamento político e religioso.
Cecília, com sua destreza transporta, narrando como uma vidente, o atual leitor a duzentos e vinte anos no passado, no palco da Inconfidência Mineira (1789) na Vila Rica (atual Ouro Preto) e com todos os conflitos sociais, revoltas contra a coroa, os altos impostos deflagrados, desafios dos poucos intelectuais contra a opressão e à favor da liberdade, vontade de libertar o Brasil do controle Português... Mas a autora tenta ou, não consegue fugir dos fatos históricos transformando-os em sentimentos, intimistas, líricos em forma de redondilha (verso heptassílabo = sete sílabas poéticas). Para deleite do leitor fã da poetisa.
Nesta obra Cecília surpreende, quebra as expectativas deste fato histórico, já batido e contado de maneira menos inédita e mais jornalística e didática, com uma visão poética, linguagem de aclamação ibérica misturando-se com popular modernista. Questionadora, evocativa e dualista como nos versos na ordem:
Coisas da maçonaria, do paganismo ou da Igreja? / A Santíssima Trindade, um gênio a quebrar algemas? Atrás de portas fechadas à luz de velas acesas / entre sigilo e espionagem acontece a Inconfidência / e diz o Vigário ao poeta "escreva-me aquela letra do versinho de Virgílio"
e dá-lhe o papel e a pena. E diz o poeta ao Vigário, / com dramática prudência:
"Tenha meus dedos cortados antes que tal verso escrevam" Liberdade, ainda que tarde, ouve-se em redor da mesa. (questionadora – v.57 )
Ó meio-dia confuso, ó vinte-e-um de abril sinistro, que intrigas de ouro e de sonho
houve em tua formação?
Quem condena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
Cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados ...
( Evocativa – v.17)
De esquecimento e cegueira / Em que amores e ódios vão: ( amores x ódios - v.4);
Na mesma cova do tempo Cai o castigo e o perdão. Morre a tinta das sentenças...
(castigo x perdão (v.24)
Sem cair na linha jornalística porém, o misticismo cultuado pelos habitantes da cidade simbolismo e espiritualismo é / dá uma atmosfera marcante e um ar de mistério, na crença sobrenatural das razões dos acontecimentos! Uma ambientação atípica do idealizado pelos livros de história didáticos.
Cecília Meireles escreveu na década de 1940 a obra Romanceiro da Inconfidência, a princípio mais para documentar os eventos que se passavam na cidade de Ouro Preto (MG), em plena Semana Santa, do que a poetizar as cenas da Inconfidência mineira. O Romanceiro é formado por um conjunto de romances, poemas curtos de caráter narrativo e também “voz lírica”, para serem lidos em voz alta, cantados e transmitidos por trovadores e que permaneceram na memória coletiva popular. Características dos poetas do passado ibérico. Seus autores, em regra geral, ficaram anônimos. Os romanceiros eram conhecidos na Espanha e em Portugal desde o século XV e tinham várias funções: informação, diversão, estímulo agrícola, doutrinamento político e religioso.
Cecília, com sua destreza transporta, narrando como uma vidente, o atual leitor a duzentos e vinte anos no passado, no palco da Inconfidência Mineira (1789) na Vila Rica (atual Ouro Preto) e com todos os conflitos sociais, revoltas contra a coroa, os altos impostos deflagrados, desafios dos poucos intelectuais contra a opressão e à favor da liberdade, vontade de libertar o Brasil do controle Português... Mas a autora tenta ou, não consegue fugir dos fatos históricos transformando-os em sentimentos, intimistas, líricos em forma de redondilha (verso heptassílabo = sete sílabas poéticas). Para deleite do leitor fã da poetisa.
Nesta obra Cecília surpreende, quebra as expectativas deste fato histórico, já batido e contado de maneira menos inédita e mais jornalística e didática, com uma visão poética, linguagem de aclamação ibérica misturando-se com popular modernista. Questionadora, evocativa e dualista como nos versos na ordem:
Coisas da maçonaria, do paganismo ou da Igreja? / A Santíssima Trindade, um gênio a quebrar algemas? Atrás de portas fechadas à luz de velas acesas / entre sigilo e espionagem acontece a Inconfidência / e diz o Vigário ao poeta "escreva-me aquela letra do versinho de Virgílio"
e dá-lhe o papel e a pena. E diz o poeta ao Vigário, / com dramática prudência:
"Tenha meus dedos cortados antes que tal verso escrevam" Liberdade, ainda que tarde, ouve-se em redor da mesa. (questionadora – v.57 )
Ó meio-dia confuso, ó vinte-e-um de abril sinistro, que intrigas de ouro e de sonho
houve em tua formação?
Quem condena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
Cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados ...
( Evocativa – v.17)
De esquecimento e cegueira / Em que amores e ódios vão: ( amores x ódios - v.4);
Na mesma cova do tempo Cai o castigo e o perdão. Morre a tinta das sentenças...
(castigo x perdão (v.24)
Sem cair na linha jornalística porém, o misticismo cultuado pelos habitantes da cidade simbolismo e espiritualismo é / dá uma atmosfera marcante e um ar de mistério, na crença sobrenatural das razões dos acontecimentos! Uma ambientação atípica do idealizado pelos livros de história didáticos.
quarta-feira, março 16, 2011
“Análise do poema “Tabacaria” de Fernando Pessoa”
“Análise do poema “Tabacaria” de Fernando Pessoa”Após oitenta e três anos passados, desde o poema “Tabacaria” ser lançado, o tema Metafísico se manifesta atualmente mais até, do que abordado pelo poeta Fernando Pessoa na época, que numa breve inspiração do pessimismo relata a insatisfação e imperfeição de ser e estar vivo numa ótica efêmera, desiludida, egocêntrica e solitária.
No poema, o objeto a tabacaria é a coisa real, atemporal e tangível em relação ao seu quarto que, da varanda do outro lado da rua, observa-a buscando um diálogo em forma de monólogo para explicar a sua insatisfação (voz lírica) com a realidade da sua exausta, deprimida e solitária vida. Ele usa de metáfora para explicar o “nada” que, momentaneamente, sua vida se tornara. Ao longo do poema ele segue com uma auto negação de sua existência, cita contrários sem se enquadrar em nenhum, como: o real e o ideal, individual e coletivo. No poema, O mundo fora do seu quarto o sufoca com suas regras e repetições maçantes que, fumando convulsivamente um cigarro,ele contempla através da janela argumentando uma crítica da falta de significação que sua vida se tornara, como na passagem:
“Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser Eu.
Olho cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem crescesses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
e que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.”
A Diante então, chega à conclusão que os transeuntes e as pessoas que freqüentam a tabacaria que se satisfazem com as catarses da vida e conquistas que ele nega serem de aspirações absolutas; estas mesmas mascaradas felicidades que nos outros já o prendia a muito e, agora tenta tirar delas os verdadeiros poemas no silencio do seu quarto, são inocentes peças de um tabuleiro incapazes de irem além dos próprios livres-arbítrios. Como se em um clarão lhe desse a certeza que fora abençoado com a verdade total de todos os mistérios, lhe tomasse a mente e o fizesse gritar sem ser ouvido do alto da janela para todos na rua dizendo que "eles sonham ainda e devem acordar!" A crítica explicita às religiões, comparando-as com “confeitarias”, mostra uma ideia agnóstica do poeta na época. A menina suja comendo chocolate age como a consciência inocente dos fatos que representam uma ideia, um signo de discernimento momentâneo na primavera da vida, sem total conhecimento do mundo que ainda se abre; sendo a primeira impressão como viciante verdade, ou deliciosa apaziguadora de questionamentos, suprindo necessidades imediatas e instintos básicos.
A falta de respostas sobre o “tudo” somado à ideia egoísta do poeta de não compartilhar o pensamento sobre as coisas adquiridas até o momento, porém ainda guardá-la para si por medo também de ser rejeitado ou mal-interpretado nos trás este poema sublime e seco. O olhar do poeta sobre a depressão de seus dias ou a máxima de pensamento: “Se diante das respostas absolutas, você compartilharia o/esse mistério com seu próximo ou, absorveria tal êxtase não importando se negativo ou positivo?”- é inegável nessa obra.
O questionamento de vários tipos de musa inspiradoras ao longo do tempo e culturas distintas, as lamúrias sobre as conquistas pessoais na sociedade, cidade grande, onde o ritmo frenético das modas e modos lhe era insípidos, na tentativa de adequação aos padrões que lhe corroeu a mente, ou mesmo mencionando as bucólicas fugas ao campo, de donzelas e romances marcados, lhe era tortura na alma como uma mentira. Comparo com o que Renato Russo diz na música “Quase sem querer”:
“Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Ou o próprio Fernando na parte:
“fiz de mim o que não soube/ e o que podia fazer de mim não o fiz.../"
Porém, além das reais constatações de significado mínimo do ser em relação a sua importância no universo e a circular forma de recomeços e fins - Oximoros - que o tudo está fadado a continuar se reinventando. Admite que, como todos os seres, está preso nesse sistema que é regido por algo invisível com um poder suficiente de equilibrar o universo concreto - e o nada:
“... Sempre uma coisa da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.”
Na parte do poema que um homem adentra a tabacaria, Pessoa deixa os questionamentos e volta a si, fazendo parte novamente da realidade que tanto criticava e tentava fugir onde, teria certeza que no ponto que chegou, foi nada mais que nulo seu destino. Onde os pensamentos são mais vagos do que em seu poema e a ações concretas o bastante para prendê-lo novamente.
Denilson Santos Silva
No poema, o objeto a tabacaria é a coisa real, atemporal e tangível em relação ao seu quarto que, da varanda do outro lado da rua, observa-a buscando um diálogo em forma de monólogo para explicar a sua insatisfação (voz lírica) com a realidade da sua exausta, deprimida e solitária vida. Ele usa de metáfora para explicar o “nada” que, momentaneamente, sua vida se tornara. Ao longo do poema ele segue com uma auto negação de sua existência, cita contrários sem se enquadrar em nenhum, como: o real e o ideal, individual e coletivo. No poema, O mundo fora do seu quarto o sufoca com suas regras e repetições maçantes que, fumando convulsivamente um cigarro,ele contempla através da janela argumentando uma crítica da falta de significação que sua vida se tornara, como na passagem:
“Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser Eu.
Olho cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem crescesses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
e que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.”
A Diante então, chega à conclusão que os transeuntes e as pessoas que freqüentam a tabacaria que se satisfazem com as catarses da vida e conquistas que ele nega serem de aspirações absolutas; estas mesmas mascaradas felicidades que nos outros já o prendia a muito e, agora tenta tirar delas os verdadeiros poemas no silencio do seu quarto, são inocentes peças de um tabuleiro incapazes de irem além dos próprios livres-arbítrios. Como se em um clarão lhe desse a certeza que fora abençoado com a verdade total de todos os mistérios, lhe tomasse a mente e o fizesse gritar sem ser ouvido do alto da janela para todos na rua dizendo que "eles sonham ainda e devem acordar!" A crítica explicita às religiões, comparando-as com “confeitarias”, mostra uma ideia agnóstica do poeta na época. A menina suja comendo chocolate age como a consciência inocente dos fatos que representam uma ideia, um signo de discernimento momentâneo na primavera da vida, sem total conhecimento do mundo que ainda se abre; sendo a primeira impressão como viciante verdade, ou deliciosa apaziguadora de questionamentos, suprindo necessidades imediatas e instintos básicos.
A falta de respostas sobre o “tudo” somado à ideia egoísta do poeta de não compartilhar o pensamento sobre as coisas adquiridas até o momento, porém ainda guardá-la para si por medo também de ser rejeitado ou mal-interpretado nos trás este poema sublime e seco. O olhar do poeta sobre a depressão de seus dias ou a máxima de pensamento: “Se diante das respostas absolutas, você compartilharia o/esse mistério com seu próximo ou, absorveria tal êxtase não importando se negativo ou positivo?”- é inegável nessa obra.
O questionamento de vários tipos de musa inspiradoras ao longo do tempo e culturas distintas, as lamúrias sobre as conquistas pessoais na sociedade, cidade grande, onde o ritmo frenético das modas e modos lhe era insípidos, na tentativa de adequação aos padrões que lhe corroeu a mente, ou mesmo mencionando as bucólicas fugas ao campo, de donzelas e romances marcados, lhe era tortura na alma como uma mentira. Comparo com o que Renato Russo diz na música “Quase sem querer”:
“Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Ou o próprio Fernando na parte:
“fiz de mim o que não soube/ e o que podia fazer de mim não o fiz.../"
Porém, além das reais constatações de significado mínimo do ser em relação a sua importância no universo e a circular forma de recomeços e fins - Oximoros - que o tudo está fadado a continuar se reinventando. Admite que, como todos os seres, está preso nesse sistema que é regido por algo invisível com um poder suficiente de equilibrar o universo concreto - e o nada:
“... Sempre uma coisa da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.”
Na parte do poema que um homem adentra a tabacaria, Pessoa deixa os questionamentos e volta a si, fazendo parte novamente da realidade que tanto criticava e tentava fugir onde, teria certeza que no ponto que chegou, foi nada mais que nulo seu destino. Onde os pensamentos são mais vagos do que em seu poema e a ações concretas o bastante para prendê-lo novamente.
Denilson Santos Silva
segunda-feira, março 14, 2011
Penso, logo existo!
Penso, logo existo! (Um educador se educando)
A partir do momento que somos estimulados a reagir com o que nos cerca, somos forçados a aprender como a percepção de onde estamos é necessária para nossa sobrevivência. No período de gestação, nascimento e até o fim da vida do indivíduo a faculdade de percepção serve como ponte para o aprender.
Minhas mais antigas memórias me levam ao tempo em que minha avó (mãe solteira com três filhos) minha mãe (também mãe solteira mas, ostentando quatro filhos dos sete que pariu) e meu tio, morávamos numa humilde casa alugada de dois quartos, banheiro artesanal, fogão à lenha, camas de segunda mão (às vezes doadas até) com colchões de capim seco e nosso luxo era um liquidificador e uma televisor preto e branco que, na época da década de oitenta, eram itens de luxo nos lares C,D e z...
Minha mãe trabalhava como merendeira (cozinheira de uma escola pública) e nos finais de semana lavvaa e passava roupas à ferro de brasa por encomenda. Meu tio, então adolescente, fazia bicos e era ajudante nos sítios da vizinhança. Porém minha avó sempre estimulava seus netos a nunca faltarem aula na escola, pois por pura necessidade, desistira de forçar os três filhos (minha mãe meu tio e minha tia. Está última aos nove anos de idade partira para morar com seus tios no rio de Janeiro)a continuarem estudando.
Além de aprender com meus familiares, na escola, o conceito de questionamento e de mundo crescia continuamente, em mim. Além do sentimento de crescer, arrumar trabalho e ajudar ainda mais minha família crescia também a curiosidade/vontade de trabalhar, ser um profissional de “status” como um astronauta, cientista, herói de guerra... que todo pré/adolescente nutria misturando a realidade com jogos infantis.
Mas o que mais me fascinava nas ações extraordinárias do homem (na Medicina, tecnologias, fundamentos e ações teóricas) era que todos estes profissionais tiveram, ou têm, um Mestre, um lecionador um guia. Não era um herói que se destacava dos outros seres por ser um extraterrestre. Era sim, um ser humano,quase anônimo, que tinha o poder chamado PENSAMENTO. E, com este poder, era capaz de concretizar o abstrato. Transpor coisas imagináveis à nossa realidade e romantizar coisas materiais, até mesmo banais...
Pessoalmente, fiquei entre o curso de Letras e Educação Física (optando, afinal, por Letras) após um intervalo de estudos de uma década entre 2001 e 2010, pois por pura necessidade, optei antes a continuar trabalhando para suster com meus irmão, agora, nossas família.
Nesse ínterim , trabalhava dando reforço escolar e aulas e traduções da língua inglesa e numa ONG (na minha favela) ajudada pela UNESCO, dando aulas de reforço a jovens carentes. Ainda também como voluntário técnico, ensinando basquetebol e jogando num time amador da minha cidade.
É inerente ao ser humano a “evolução” e o “evoluir”. E somente se evolui, com seu amado trabalho num mundo democrático/capitalista, após reconhecimento de unidades federais e políticas desconhecidas do povão. Por isso, sucumbi ao sistema, sai da autonomia trabalhista, concorri a uma vaga numa Universidade e,lógico, passei um ano inteiro estudando num curso pré-vestibular noturno, estudando e reciclando minha mente aos moldes do sistema mecânico de exames vestibulares carnavalescos que nosso ministério prover.
A paixão por ser um Educador e aprender a sempre melhorar irá perdurar em mim até o fim de meus dias. Só não sei o que ocorrerá até lá. Mas prefiro evoluir sem competir. A competição desvirtua nossa primordial paixão.
Num mundo competitivo, cheio de regras, ou nos adequamos às regras ou lutamos, solitários, ignorando-as... mas todos querem evoluir. Querem seu lugar ao sol. Todos querem sobreviver.
Denilson Santos silva
A partir do momento que somos estimulados a reagir com o que nos cerca, somos forçados a aprender como a percepção de onde estamos é necessária para nossa sobrevivência. No período de gestação, nascimento e até o fim da vida do indivíduo a faculdade de percepção serve como ponte para o aprender.
Minhas mais antigas memórias me levam ao tempo em que minha avó (mãe solteira com três filhos) minha mãe (também mãe solteira mas, ostentando quatro filhos dos sete que pariu) e meu tio, morávamos numa humilde casa alugada de dois quartos, banheiro artesanal, fogão à lenha, camas de segunda mão (às vezes doadas até) com colchões de capim seco e nosso luxo era um liquidificador e uma televisor preto e branco que, na época da década de oitenta, eram itens de luxo nos lares C,D e z...
Minha mãe trabalhava como merendeira (cozinheira de uma escola pública) e nos finais de semana lavvaa e passava roupas à ferro de brasa por encomenda. Meu tio, então adolescente, fazia bicos e era ajudante nos sítios da vizinhança. Porém minha avó sempre estimulava seus netos a nunca faltarem aula na escola, pois por pura necessidade, desistira de forçar os três filhos (minha mãe meu tio e minha tia. Está última aos nove anos de idade partira para morar com seus tios no rio de Janeiro)a continuarem estudando.
Além de aprender com meus familiares, na escola, o conceito de questionamento e de mundo crescia continuamente, em mim. Além do sentimento de crescer, arrumar trabalho e ajudar ainda mais minha família crescia também a curiosidade/vontade de trabalhar, ser um profissional de “status” como um astronauta, cientista, herói de guerra... que todo pré/adolescente nutria misturando a realidade com jogos infantis.
Mas o que mais me fascinava nas ações extraordinárias do homem (na Medicina, tecnologias, fundamentos e ações teóricas) era que todos estes profissionais tiveram, ou têm, um Mestre, um lecionador um guia. Não era um herói que se destacava dos outros seres por ser um extraterrestre. Era sim, um ser humano,quase anônimo, que tinha o poder chamado PENSAMENTO. E, com este poder, era capaz de concretizar o abstrato. Transpor coisas imagináveis à nossa realidade e romantizar coisas materiais, até mesmo banais...
Pessoalmente, fiquei entre o curso de Letras e Educação Física (optando, afinal, por Letras) após um intervalo de estudos de uma década entre 2001 e 2010, pois por pura necessidade, optei antes a continuar trabalhando para suster com meus irmão, agora, nossas família.
Nesse ínterim , trabalhava dando reforço escolar e aulas e traduções da língua inglesa e numa ONG (na minha favela) ajudada pela UNESCO, dando aulas de reforço a jovens carentes. Ainda também como voluntário técnico, ensinando basquetebol e jogando num time amador da minha cidade.
É inerente ao ser humano a “evolução” e o “evoluir”. E somente se evolui, com seu amado trabalho num mundo democrático/capitalista, após reconhecimento de unidades federais e políticas desconhecidas do povão. Por isso, sucumbi ao sistema, sai da autonomia trabalhista, concorri a uma vaga numa Universidade e,lógico, passei um ano inteiro estudando num curso pré-vestibular noturno, estudando e reciclando minha mente aos moldes do sistema mecânico de exames vestibulares carnavalescos que nosso ministério prover.
A paixão por ser um Educador e aprender a sempre melhorar irá perdurar em mim até o fim de meus dias. Só não sei o que ocorrerá até lá. Mas prefiro evoluir sem competir. A competição desvirtua nossa primordial paixão.
Num mundo competitivo, cheio de regras, ou nos adequamos às regras ou lutamos, solitários, ignorando-as... mas todos querem evoluir. Querem seu lugar ao sol. Todos querem sobreviver.
Denilson Santos silva
domingo, setembro 26, 2010
My nightmare journey
“My nightmare journey”
It was not the worst journey I’ve ever had but one of them. My family and some friends were going to camp at Carne de Vaca beach in Goiana city, five years ago. So we rented a kombi car and a driver to lead us for the round trip, Because we had to carry the huts and all stuffs to spend the carnival holiday vacations.
We gathered on Norte Avenue at five o´clock we waited for the driver and his kombi for an hour and a half. Then, after we took more two hours in the car to get to the city but when we were going into the city we noticed the sign plate: “Welcome to the Ponta de Pedra”. The driver had taken the wrong entrance. So we returned to the crossroads to take the right direction it took more 30 minutes to get to the Carne de Vaca town. Fortunately the driver decided to drive us to the place we used to camp ( 1 km far from the city downtown) in a desert beach site.
When we eventually got there we started setting up the huts and the girls were doing a fire to cook the lunch. While this the driver noticed his tire was flat. So, at the moment my uncle was changing the driver´s tire to a step new one the girls were yelling because my 13 years-old nephew, who didn´t swimming well, was going to drown while he was hanging to boat for the side. At that time the tide was getting high and high… I haven’t swun for such long time on the beach instead in a swimming pool and I was afraid to make a mistake myself. Things were getting dangerous when suddenly, - thank God- a man lifted me on his jet ski and we both rescued and brought him to the sand.
Finally, few minutes later my cousin told us: “I couldn’t help to show you, uncle, that I’ve learned to swim well from board to board”. Everybody laughed, and I said: “No problem, Buddy! When they build boards on the shore you’ll do better!”
The three days following were fine. Unless the kombi driver got lost himself again the he should take us back home.
By Denilson Santos
It was not the worst journey I’ve ever had but one of them. My family and some friends were going to camp at Carne de Vaca beach in Goiana city, five years ago. So we rented a kombi car and a driver to lead us for the round trip, Because we had to carry the huts and all stuffs to spend the carnival holiday vacations.
We gathered on Norte Avenue at five o´clock we waited for the driver and his kombi for an hour and a half. Then, after we took more two hours in the car to get to the city but when we were going into the city we noticed the sign plate: “Welcome to the Ponta de Pedra”. The driver had taken the wrong entrance. So we returned to the crossroads to take the right direction it took more 30 minutes to get to the Carne de Vaca town. Fortunately the driver decided to drive us to the place we used to camp ( 1 km far from the city downtown) in a desert beach site.
When we eventually got there we started setting up the huts and the girls were doing a fire to cook the lunch. While this the driver noticed his tire was flat. So, at the moment my uncle was changing the driver´s tire to a step new one the girls were yelling because my 13 years-old nephew, who didn´t swimming well, was going to drown while he was hanging to boat for the side. At that time the tide was getting high and high… I haven’t swun for such long time on the beach instead in a swimming pool and I was afraid to make a mistake myself. Things were getting dangerous when suddenly, - thank God- a man lifted me on his jet ski and we both rescued and brought him to the sand.
Finally, few minutes later my cousin told us: “I couldn’t help to show you, uncle, that I’ve learned to swim well from board to board”. Everybody laughed, and I said: “No problem, Buddy! When they build boards on the shore you’ll do better!”
The three days following were fine. Unless the kombi driver got lost himself again the he should take us back home.
By Denilson Santos
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