quinta-feira, agosto 20, 2009

Educação: o que fazer para melhorar?

Educação no Brasil, contínua transição!

Educação é prioridade para os países desenvolvidos e emergentes. O Brasil, reconhecidamente emergente, vem tentando juntar desenvolvimento industrial com educação, pois, gasta-se mais importando tecnologia e mão de obra do que investindo nacionalmente nesses dois itens.
Houve no Brasil, no governo de Juscelino K., um chamado "milagre econômico" que exaltou o país, na época ainda, à status de país subdesenvolvido. Daí em diante - com crises políticas internas e censuras culturais -, nos meados da década de Noventa o país voltou a ter uma estabilidade econômica e uma maior participação dos meios de comunicação na opinião pública que, agora, exigia do governo uma educação pública e privada de boa qualidade em comparação aos outros países e mercado exterior.
No ano de 2001 (dois mil e um) vários censos mundiais indicavam uma melhora econômica no Brasil porém, uma posição vergonhosa na educação de base. Nos cinco anos seguintes , mesmo o MEC - Ministério da Educação e Cultura - desaprovara rigidamente Secretarias de Educação Estaduais Pública, incluindo Centros de Educação Profissional, Universidades Privadas e algumas das tradicionais públicas.
O governo brasileiro vem exigindo e tentando implantar, a curto prazo, melhorias no sistema de educação público e privado. ações essas que podem tanto ser interpretadas como mirabolantes ou de soluções rápidas, como: "Bolsa Família, "Bolsa-Escola", "Pró jovem" que oferecem ao estudante uma renda mínima mensal em dinheiro em troca de assiduidade e boa progressão escolar, ao invés de desenvolver nos jovens sentimentos de amor à sua educação e futuras profissões.
A pressa de ter uma excelente educação pode garantir erros no seu processo. Cada cultura é e tem suas distinções, tornando o tempo gasto mais um aliado do que um empecilho.
By Denilson

sexta-feira, agosto 07, 2009

onde está a verdade??

onde está a verdade?....
kero lhe falar sobre um grupo ki estava absolutamente certo de ki Deus estava c/ eles. Tinham evidências, de ki Ele estivera c/ eles de eles de forma muito especial, p/ milhares de de anos. Eles tornaram-se especaialistas na aplicação da lei de Deus na vida diária.
eram 'fariseus". Eles eram indivíduos ki tinham certeza de ki o povo, os escolhidos, os ki estavam no lugar certo: a santa "Sião",Jerusalém. vc sabe o ki este seleto grupo fez? está pessoas de fé fizera?
JESUS estava visitando a sinagoga. U m dos adoradores tinha uma mão mirrada.Jesus decide fazer algo p/ ele...o cura ...mas é sábado. (Mateus 12:13).
como reagiram os fariseus? "retirando-se pois,planejavam contra Ele, sobre como lhe tirariam a vida." Mateus 12:14...
Eles tinham ki destrui-lo, até ki o crucificaram...
Se ficarmos presos em um grupo religioso ou, ki não sabemos se agiriam da mesma forma....?

terça-feira, agosto 04, 2009

notícia de 5 anos atrás!

A preocupação chegou ao topo!
Uma pesquisa da universidade de Zurique mostra que, por causa do aquecimento global, os Alpes estão derretendo em ritmo acelerado. Fenômeno semelhante atinge as montanhas do Himalaia, onde está o Everest, o pico mais alto do mundo, e os Andes, na América do sul.
ALPES: os cumes das geleiras diminuiram 18% de 1985 a 2000. No verão passado, elas perderam 3 metros. Há dez anos, só perdiam 70 centímetros no Verão.
HIMALAIA: as geleiras das montanhas estão derretendo e podem provocar inundações. Quarenta e quatro lagos do principal parque da região estão sob risco de transbordamento.
ANDES: o ritmo de derretimento das geleiras passou de 4 metros a cada verão para 30 metros atualmente.
Fontes: universidade de Zurique e ONU; revista VEJA - 24 de novembro, 2004

terça-feira, julho 28, 2009

"A verdade" (by C.Drummond de Andrade - tradução by Denilson)

“A verdade” “The true”
(by Carlos Drummond de Andrade) (translated by Denilson)

A porta da verdade estava aberta. ( the true´s door was open.
Mas só deixava passar But only let pass one half-person
Meia pessoa de cada vez. Each time.
Assim não era possível atingir toda a verdade That´s way wasn´t possible to reach the true it all.
Porque a meia pessoa que entrava Becacause the half-person who got into
Só trazia o perfil de meia verdade. Only brought the personality of a half true.
E sua segunda metade And your second half
Voltada igualmente com meio perfil. Backwards as same as a half personality itself.
E os meios perfis não coincidiam. And teh halves-personalities didn´t matched up.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. They broke the door. Break fall down the door.
Chegaram ao lugar luminoso They got into a bright place
Onde a verdade esplendia seus fogos. Where the the True sparkled its fire.
Era dividida em metades it was divided in different halves
Diferentes uma da outra. One another.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. It got to discuss which half was the beautifullest.
Nenhuma das duas era totalmente bela. None of the both were totally beautiful.
E carecia optar. Cada uma optou conforme And it needed to opinion on it. Each one opioned as

Seu capricho, sua ilusão, sua miopia. Its care, its illusion, its miopy.
“O milagre do pensamento positivo” “the miracle of the positive thought”
Se você acha que está derrotado, você está. If you think you are defeated, then You are!
Se você acha que não se atreve, não o fará. If you think you are not able to dare, So you won´t!
Se você gosta de ganhar, mas acha que não pode, If you like to winn, but think that you can not,
É quase certo que não poderá. it´s almost certain that you will not do.

Se você acha que vai perder, já está perdido, If you think you gonna lose, you are already lost,
Pois neste mundo o sucesso só começa ´cause in this world the succed only starts
Através da vontade de vencer... through the will to win...
E isto é um estado de espírito. And that´s a state of mind and soul

Se você acha que é inferior, você é. If you think you are low, you are.
Você tem que pensar alto para subir, If you have to think hig to lift yourself,
Tem que acreditar em si mesmo, you have to believe in yourself
Confiando sempre em seu real potencial. Trusting always in your real potential.

As batalhas da vida nem sempre cabem the batlles of the life not always fit
Às pessoas mais fortes ou às mais rápidas to people stronger or the faster
E sim àquelas que têm pensamento but those who have positive thoughts,
Positivo, pois, mais cedo ou mais tarde, `Cause, sooner or later,
quem vence é aquele que acha que pode! Who will win is that one who think that can!

sábado, julho 11, 2009

getting back the love sent!

OUR DEEPEST FEAR IS NOT THAT WE ARE INADEQUATE, OUR DEEPEST FEAR IS THAT WE ARE POWERFUL BEYOND MEASURE. IT IS OUR LIGHT, NOT OUR DARKNESS THAT MOST FRIGHTENS US. YOUR PLAYING SMALL, DOES NOT SERVE THE WORLD. THERE IS NOTHING ENLIGHTENING ABOUT SHRINKING, SO THAT OTHERS WONT FEEL INSECURE AROUND YOU. WE ARE ALL MEANT TO SHINE, AS CHILDREN DO. IT'S NOT JUST IN SOME OF US, IT'S IN ALL OF US. AS WE LET OUR OWN LIGHT SHINE, WE UNCONSCIOUSLY GIVE OTHERS PERMISSION TO DO THE SAME. AS WE ARE LIBERATED FROM OUR OWN FEAR, OUR PRESENCE AUTOMATICALLY LIBERATES OTHERS. ONLY WHEN YOU GENERATE LOVE, AND RADIATE IT FORTH UNTIL IT EMBRACES EVERYONE AND EVERYTHING, WILL LOVE BE YOURS IN RETURN.
By Denilson (adaptado do filme "Coach Carter"

quarta-feira, julho 08, 2009

Tem rapariga aí?

"Tem rapariga aí?'

'Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhando uma música da banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Pruma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético,. Pior, o glamur, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção ?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e
toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Artigo de José Teles, publicado no JC Online em 07 de maio

sábado, julho 04, 2009

Difícil arte de ser mulher

Difícil arte de ser mulher



Hours concours em Cannes, um dos filmes de maior sucesso no badalado festival francês foi "Ágora", direção de Alejandro Amenabar. A estrela é a inglesa Rachel Weiz, premiada com o Oscar 2006 de melhor atriz coadjuvante em "O jardineiro fiel", dirigido por Fernando Meirelles.
Em "Ágora" ela interpreta Hipácia, única mulher da Antiguidade a se destacar como cientista. Astrônoma, física, matemática e filósofa, Hipácia nasceu em 370, em Alexandria. Foi a última grande cientista de renome a trabalhar na lendária biblioteca daquela cidade egípcia. Na Academia de Atenas ocupou, aos 30 anos, a cadeira de Plotino. Escreveu tratados sobre Euclides e Ptolomeu, desenvolveu um mapa de corpos celestes e teria inventado novos modelos de astrolábio, planisfério e hidrômetro.

Neoplatônica, Hipácia defendia a liberdade de religião e de pensamento. Acreditava que o Universo era regido por leis matemáticas. Tais ideias suscitaram a ira de fundamentalistas cristãos que, em plena decadência do Império Romano, lutavam por conquistar a hegemonia cultural.

Em 415, instigados por Cirilo, bispo de Alexandria, fanáticos arrastaram Hipácia a uma igreja, esfolaram-na com cacos de cerâmica e conchas e, após assassiná-la, atiraram o corpo a uma fogueira. Sua morte selou, por mil anos, a estagnação da matemática ocidental. Cirilo foi canonizado por Roma.

O filme de Amenabar é pertinente nesse momento em que o fanatismo religioso se revigora mundo afora. Contudo, toca também outro tema mais profundo: a opressão contra a mulher. Hoje, ela se manifesta por recursos tão sofisticados que chegam a convencer as próprias mulheres de que esse é o caminho certo da libertação feminina.
Na sociedade capitalista, onde o lucro impera acima de todos os valores, o padrão machista de cultura associa erotismo e mercadoria. A isca é a imagem estereotipada da mulher. Sua autoestima é deslocada para o sentir-se desejada; seu corpo é violentamente modelado segundo padrões consumistas de beleza; seus atributos físicos se tornam onipresentes.
Onde há oferta de produtos - TV, internet, outdoor, revista, jornal, folheto, cartaz afixado em veículos, e o merchandising embutido em telenovelas - o que se vê é uma profusão de seios, nádegas, lábios, coxas etc. É o açougue virtual. Hipácia é castrada em sua inteligência, em seus talentos e valores subjetivos, e agora dilacerada pelas conveniências do mercado. É sutilmente esfolada na ânsia de atingir a perfeição.

Segundo a ironia da Ciranda da bailarina, de Edu Lobo e Chico Buarque, "Procurando bem / todo mundo tem pereba / marca de bexiga ou vacina / e tem piriri, tem lombriga, tem ameba / só a bailarina que não tem". Se tiver, será execrada pelos padrões machistas por ser gorda, velha, sem atributos físicos que a tornem desejável.
Se abre a boca, deve falar de emoções, nunca de valores; de fantasias, e não de realidade; da vida privada e não da pública (política). E aceitar ser lisonjeiramente reduzida à irracionalidade analógica: "gata", "vaca", "avião", "melancia" etc.
Para evitar ser execrada, agora Hipácia deve controlar o peso à custa de enormes sacrifícios (quem dera destinasse aos famintos o que deixa de ingerir...), mudar o vestuário o mais frequentemente possível, submeter-se à cirurgia plástica por mera questão de vaidade (e pensar que este ramo da medicina foi criado para corrigir anomalias físicas e não para dedicar-se a caprichos estéticos).

Toda mulher sabe: melhor que ser atraente, é ser amada. Mas o amor é um valor anticapitalista. Supõe solidariedade e não competitividade; partilha e não acúmulo; doação e não possessão. E o machismo impregnado nessa cultura voltada ao consumismo teme a alteridade feminina. Melhor fomentar a mulher-objeto (de consumo).
Na guerra dos sexos, historicamente é o homem quem dita o lugar da mulher. Ele tem a posse dos bens (patrimônio); a ela cabe o cuidado da casa (matrimônio). E, é claro, ela é incluída entre os bens... Vide o tradicional costume de, no casamento, incluir o sobrenome do marido ao nome da mulher.
No Brasil colonial, dizia-se que à mulher do senhor de escravos era permitido sair de casa apenas três vezes: para ser batizada, casada e enterrada... Ainda hoje, a Hipácia interessada em matemática e filosofia é, no mínimo, uma ameaça aos homens que não querem compartir, e sim dominar. Eles são repletos de vontades e parcos de inteligência, ainda que cultos.

Se o atrativo é o que se vê, por que o espanto ao saber que a média atual de durabilidade conjugal no Brasil é de sete anos? Como exigir que homens se interessem por mulheres que carecem de atributos físicos ou quando estes são vencidos pela idade?
Pena que ainda não inventaram botox para a alma. E nem cirurgia plástica para a subjetividade.
[Autor de "A arte de semear estrelas" (Rocco), entre outros livros].



Frei Betto - Escritor e assessor de movimentos sociais