A Fala
Antes da fala (som) existia a linguagem.
Então o homem (habitante bípede do planeta Terra comumente constituído de 46 cromossomos homólogos) começou a produzir códigos que interpretassem seus pensamentos, além de encurtar o trabalho que dava a gesticulação por sinais faciais, manuais etc.
A Linguagem, naquele momento, recebera um apoio que iria diferenciar por definitivo o homem, ser terráqueo dominante, dos demais animais: um código onde a fala seria reproduzida, compartilhada e mantida para um era de velocidade crescente de informações vindoura.
A Linguagem ganhou o apoio da ‘Fala” no momento adequado para humanidade expressar seu pensamento (individual e coletivo), movimentar sua mensagem / resposta e questionamentos do meio onde habitava. Logo, como um vírus, o homem se reproduziu e encheu a Terra de cidades e países onde as fronteiras limítrofes mais características de um povo, para diferenciar-se de um outro é sua língua nativa. Algo até absurdo de se pensar de uma espécie animal (habitante bípede do planeta Terra comumente constituído de 46 cromossomos homólogos) tão distintas e diferenciada dos outros animais terráqueos a não ser por seu encéfalo desenvolvido e polegar opositor da mão (que serve como alavanca natural). Esta última qualidade, na qualidade de ferramenta, serviu muito, também para que Reis, monarcas e Imperadores dessem o famoso sinal de positivo e / ou negativo para que as nações inteiras indiferentes a seu comando fossem cruelmente exterminadas. Apenas um exemplo de como um símbolo (polegar), dependendo de sua posição espacial ou interpretativa pode ser útil (como ferramenta de evolução) ou desastrosa (como um ícone do terror).
Mas, o ser mais evoluído do “Sistema Solar” queria saber qual era a ligação ou separação que a língua (fala) tinha com a linguagem (comunicação “racional“ entre um indivíduo consigo mesmo, ou grupo de indivíduos).
Mas se filosofou, ao longo da história humana, sobre essa inquietações. Nomes como Aristóteles e W. Geraldi, por exemplo, distantes um do outro na história da busca da definição da Linguagem, mas com a mesma preocupação de como definir algo que era inerente ao ser e que iria se adaptando ao longo de sua existência. Aristóteles defendeu a idéia que a linguagem humana era a representação do mundo e do pensamento (agindo como um reflexo do interior do ser). Já w. Geraldi (1991), ousou mais ao dizer que além de reflexo e ferramenta a linguagem é Dinâmica, que ela inter-age num indivíduo e nos outros ao redor dele (estes “outros”, também, interagindo consigo próprios e seus respectivos “Social System”).
Até o século XIX a língua era descritiva. Os teóricos queriam definir as estruturas da (s) língua (s) sem se preocupar com as nuances dela (s) própria (s) que notadamente, fora ignorada como um focus de estudo. Considerado patrono da Lingüística moderna, Ferdinand Saussure, em sua obra póstuma, considerava a lingua como de estudo estrutural, codificada. Notadamente, Fonologia e a Morfologia ganharam impulso. A partir daí, onde os estudos concentravam-se nos fonemas e morfemas etc. Surgindo, assim, a corrente Estruturalista ou Saussereana.
Ao longo da evolução, começou então a estudar as estruturas frasais de uma língua – SINTAXE – apoiada por Noam Chomsky que, deu vazão aos estudos dos significados dos Signos Lingüísticos – Semântica Estrutural – e das relações de significados entre eles.
Na teoria Gerativa ou, Chomskyana, o componente central da Gramática é o sintático, Semântico e o fonológico agem apenas como interpretativo. Atrelado ainda a um sistema de componentes do significado são agora denominados “Traços Semânticos” e o sentido de um enunciado deve ser avaliado em termos de condições de verdade ou falsidade das proposições sobre os estados de coisas nele contidos. Ambos tentando definir a Língua sem concretismo e sem contexto de uso.
Um terceiro passo na caminhada ao entendimento de sua identidade de linguagem é a teoria Pragmática. Nessa, a língua e seus usuários (humanos) estão atentos aos Dinamismo de movimento da língua (linear e circular) entre o emissor e o interlocutor, e vice versa. Onde a teoria pragmática englobaria todo sistema da fala (histórico e de estudo) e seu funcionamento.
Comparando-se com os outros animais, a humanidade mostra-se mais interessada em descobrir sua gênese, do que conviver com seu semelhantes. Talvez devêssemos aprender com eles que a Comunicação sempre é exata, porém, mutante. Sempre é livre e pertencente a todos, porém de domínio subjectivo.
By Denilson
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